Terremoto no Chile: nenhum grande dano foi imediatamente relatado, de acordo com avaliação dos serviços de emergência do Chile (USGS/Reprodução)
Reuters
Publicado em 24 de abril de 2017 às 19h05.
Última atualização em 24 de abril de 2017 às 20h49.
Santiago - Um forte terremoto de magnitude 7,1 atingiu a costa oeste do Chile nesta segunda-feira, abalando a capital Santiago e gerando ao menos dois tremores secundários significativos.
Nenhum grande dano foi imediatamente relatado, de acordo com avaliação dos serviços de emergência do Chile. A Marinha chilena e o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico informaram que o tremor não deveria causar um tsunami.
A estatal chilena Codelco, uma das maiores mineradoras de cobre do mundo, disse que suas operações não foram afetadas.
O terremoto teve epicentro a 35 quilômetros a oeste da cidade costeira de Valparaíso, em profundidade de 10 quilômetros abaixo do solo oceânico, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Autoridades chilenas inicialmente ordenaram uma retirada preventiva de pessoas da área costeira próxima a Valparaíso, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Santiago, em caso de um tsunami, mas cancelaram posteriormente.
Um porta-voz do governo local em Valparaiso disse que não havia relatos de danos estruturais.
Um terremoto de magnitude 7,1 é considerado intenso e capaz de causar danos amplos e fortes, mas os efeitos deste tremor teriam sido mais amenos por ter sido no mar.
Ao menos dois tremores secundários de magnitudes 5,0 e 5,4 foram registrados no mesmo local e puderam ser sentidos em Santiago.
O Chile, localizado no chamado "Círculo de Fogo do Pacífico", possui longa história de terremotos mortais, incluindo um tremor de magnitude 8,8 em 2010, que gerou um tsunami que devastou cidades costeiras e matou mais de 500 pessoas.
Este foi o sexto maior terremoto já registrado, de acordo com o USGS. O maior tremor já registrado na história, de magnitude 9,5, aconteceu em 1960 no Chile.
Um forte terremoto de magnitude 7,6 atingiu o sul do Chile no Natal de 2016, fazendo com que milhares de pessoas deixassem áreas costeiras, mas nenhuma morte ou grandes danos foram relatados na região turística.
O longo e esguio país se alastra ao longo da beira de duas placas tectônicas, com a Placa de Nazca abaixo do Oceano Pacífico Sul, empurrando para a Placa Sul-Americana, em um fenômeno que também formou a Cordilheira dos Andes.