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Terminal da Transpetro é multado por vazamento de óleo

Um vazamento de óleo ocorreu no último domingo dentro de suas instalações no litoral norte de São Paulo

Uma área de manguezal, localizada na zona portuária, também foi atingida pelo óleo (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 20h51.

São Sebastião - O Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), da Transpetro/ Petrobras , foi multado nesta segunda-feira pela Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, devido a um vazamento de óleo ocorrido no último domingo dentro de suas instalações. A mancha, porém, atingiu um córrego.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente aplicou três autuações, de R$ 5 mil cada, valor máximo permitido pela lei ambiental municipal. A estatal não divulgou o volume vazado e posteriormente recolhido. O último vazamento registrado no terminal aconteceu no último dia 9 de fevereiro, quando um duto se rompeu dentro de suas instalações.

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O Córrego do Outeiro, que começa dentro do terminal, corta o bairro Vila Amélia e o centro da cidade e passa ao lado de residências, escolas, creche, posto de combustíveis, do pronto-socorro municipal, da Prefeitura e da Praça de Eventos, na avenida da praia, onde deságua águas pluviais do terminal. Durante todo o dia desta segunda-feira a reportagem constatou barreiras de contenção colocadas pelas equipes da Petrobras nos cerca de 500 metros do córrego que cortam o centro para evitar que resquício do óleo atingisse o mar.

Segundo o secretário do Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipolito do Rego, o vazamento provocou danos à flora e à fauna marinha. "Vi dezenas de peixes mortos agonizando no óleo", relatou. Ainda segundo ele, também havia caranguejo e pitu, um crustáceo semelhante ao camarão. Muitos dos animais marinhos também podem ter sido sugados por caminhões de sucção que foram utilizados para retirar o óleo do córrego.


De acordo com o secretário, uma área de manguezal, localizada na zona portuária, também foi atingida pelo óleo. "Estamos aguardando uma análise mais apurada para verificarmos o real estrago provocado pelo óleo no manguezal". Rego afirmou que o desastre ambiental será levado em consideração durante a renovação do licenciamento ambiental do Tebar, que está vencido desde 2010 e, portanto, funcionando irregularmente no município.

Em nota, a Transpetro, no Rio de Janeiro, informou que o vazamento tratava-se de "água oleosa no sistema de águas pluviais do Terminal Almirante Barroso (Tebar)". Ainda de acordo com a estatal, equipes de contingência foram acionadas. "Um pequeno volume de água oleosa atingiu o Córrego do Outeiro e foi totalmente recolhido pelas equipes de contingência. Os órgãos ambientais foram comunicados", diz a nota. Ainda de acordo com a Transpetro, as causas do incidente estão sendo investigadas. Procurada, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) não havia se manifestado até o início da noite de hoje.

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