O representante especial da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi: porta-voz disse que não está previsto que Brahimi converse nesta quarta-feira com a imprensa (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 10h39.
Genebra - A rodada negociadora entre as delegações que representam o governo e a oposição da Síria, com a mediação de Lakhdar Brahimi, foi encerrada por hoje, confirmou a porta-voz da ONU, Corinne Momal-Vanian.
A porta-voz disse que não está previsto que Brahimi converse nesta quarta-feira com a imprensa conforme ocorreu nos dias anteriores.
O mediador concederá uma entrevista coletiva amanhã pela tarde, depois da reunião trilateral que manterá com os representantes da diplomacia da Rússia e Estados Unidos, Gennady Gatilov e Wendy Sherman, respectivamente, no marco das negociações de paz.
O encontro, inicialmente previsto para sexta-feira, antecipou-se para se verificar se os dois países promotores do processo de paz são capazes de impulsionar as negociações que permanecem estagnadas devido às grandes divergências entre as partes.
Brahimi já se reuniu hoje com Gatilov, que também deve se reunir nesta tarde com o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al Mualen, e amanhã com o presidente da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Ahmen Yarba.
Mualen e Yarba são, respectivamente, os líderes das delegações governamental e opositora, mas não estão presentes na sala de negociações com o mediador Brahimi.
A reunião de hoje entre as equipes negociadores durou cerca de duas horas, embora ainda não tenha sido divulgado informações sobre o encontro.
A segunda rodada de negociações, que começou na segunda-feira, segue estagnada pelas diferenças entre as duas delegações para decidir os assuntos prioritários que devem figurar na agenda das negociações.
O regime sírio se nega a tratar qualquer outra questão até que se resolva o problema do terrorismo dentro do país, enquanto a oposição considera que o primeiro ponto fundamental é estabelecer um órgão de governo transitório para pôr fim à violência armada.
Brahimi anunciou ontem que propôs às duas delegações abordar de maneira paralela as questões para retirar o processo de seu ponto morto.