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Termina greve em Israel provocada por acordo com a UE

O acordo foi alcançado depois que os empregados da El Al entenderam que a política de "céus abertos" era um fato consumado


	Avião: qualquer companhia europeia poderá, a partir da entrada em vigor do acordo, fazer voos diários a Israel, e as companhias aéreas israelenses poderão faer o mesmo com os destinos europeus.
 (Getty Images)

Avião: qualquer companhia europeia poderá, a partir da entrada em vigor do acordo, fazer voos diários a Israel, e as companhias aéreas israelenses poderão faer o mesmo com os destinos europeus. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 16h55.

Jerusalém - O Ministério das Finanças israelense anunciou nesta segunda-feira um acordo com a companhia El Al que colocou fim à greve iniciada pelas empresas áreas israelenses no domingo, em protesto pelo acordo de "céus abertos" entre Israel e a União Europeia (UE).

Segundo o departamento de Finanças, o Executivo isralense se compromete a cobrir 97,5% dos custos de segurança das companhias aéres do país.

O acordo foi alcançado depois que os empregados da El Al entenderam que a política de "céus abertos" era um fato consumado, disse o Ministério.

Até hoje, o Governo israelense financiava 80% dos custos de segurança das companhias aéras locais e rejeitava cobrir 100% para evitar uma possível oposição das autoridades de competência da União Europeia, com a qual assinou o acordo de "céus abertos".

O ministro das Finanças israelense, Yair Lapid, que deu as boas-vindas ao acordo, afirmou que "agora não há nada que impeça voltar às operações de voo e à imediata cessação da greve".

O responsável da federação laboral de Histadrut (o principal sindicato israelense), Ofer Eini, anunciou por sua parte o fim da greve e destacou que o acordo persegue assegurar termos de concorrência perante as companhias estrangeiras.

O Governo israelense aprovou no domingo um acordo de "céu aberto" assinado no ano passado com a UE e seus Estados-membros, que aumentará a concorrência, o que provocou o início da greve por parte de todas as companhias aéreas israelenses.


"O objetivo da reforma que aprovamos é descer os preços dos voos desde e para Israel e aumentar o turismo", afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após a aprovação.

Segundo o chefe do Governo, a medida, debatida durante anos, faz parte das políticas para "descer o custo de vida e melhorar a eficiência dos serviços" aos cidadãos israelenses.

As três companhias aéreas do país, - El Al, Arkia e Israir - iniciaram uma greve no domingo em protesto pelo acordo, que temem que danificaria sua situação econômica e derivaria em demissões ao dar entrada às companhias aéreas europeias.

Qualquer companhia europeia poderá, a partir da entrada em vigor do acordo, fazer voos diários a Israel, e as companhias aéreas israelenses poderão fazer o mesmo com os destinos europeus.

Dez voos foram atrasados no domingo e outros sete foram cancelados.

A Histadrut ameaçava paralisar completamente o tráfego aéreo durante quatro horas a partir das 5h local de terça-feira no principal aeroporto do país, Ben Gurion, situado perto de Tel Aviv.

Dezenas de empregados das companhias aéreas se manifestaram ontem em frente à residência de Netanyahu em Jerusalém.

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