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Tepco vai começar a indenizar vítimas de Fukushima

Operadora de Fukushima deve entregar primeiramente 1 milhão de ienes a cada família que foi obrigada a abandonar residência

Mãe e filha obrigadas a sair de casa: valor das indenizações foi fixado pelo governo (Toshifumi Kitamura/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 08h45.

Tóquio - O governo japonês ordenou à operadora da central nuclear acidentada de Fukushima (nordeste) a entrega de uma primeira indenização a cada família evacuada da zona contaminada.

Os Estados Unidos e a França afirmaram, por sua vez, nesta sexta-feira, que a situação em Tóquio já não representa um perigo e que os turistas podem voltar ao Japão.

A operadora da central nuclear acidentada de Fukushima, Tokyo Electric Power (Tepco), entregará uma primeira indenização de um milhão de ienes (8,3 mil euros) a cada família obrigada a abandonar suas casas ou a viver "encarcerada" devido às emissões radioativas, antes que seja fixado o montante total das compensações financeiras, anunciou nesta sexta-feira a empresa.

"Decidimos pagar rapidamente", disse a diretora-geral da Tepco, Masataka Shimizu, em uma coletiva de imprensa.

"Vamos dar um adiantamento aos moradores, cujo montante foi fixado pelo governo. É um milhão de ienes por lar e 750 mil para as pessoas que vivem sozinhas", disse.

A decisão de dar esta soma antes de fixar o montante total das indenizações foi aprovada durante um conselho de administração da Tepco por ordem das autoridades.

Terão direito a esta soma as pessoas que residem na zona de evacuação, ou seja, a um raio de 20 km ao redor da central Fukushima Daiichi (Nº1), assim como as que vivem entre 20 e 30 km, onde não é aconselhado permanecer.


A população das localidades que não estão incluídas neste raio definido pelo governo, mas que receberam a ordem de sair de suas casas, também receberão indenizações.

No total, podem aspirar a uma indenização cerca de 50 mil lares, segundo os cálculos dos meios de comunicação japoneses.

A central de Fukushima saiu de serviço no dia 11 de março após o terremoto e tsunami gigantes que devastaram o nordeste do Japão, deixando 13.591 mortos confirmados e 14.497 desaparecidos, segundo um novo balanço provisório estabelecido nesta sexta-feira à noite pela polícia nacional.

Uma série de danos na usina nuclear provocaram a ruptura dos circuitos de esfriamento, explosões de hidrogênio e importantes vazamentos radioativos, o que obrigou as autoridades a pedir aos moradores que evacuassem os arredores.

As operações de bombeamento de água contaminada e de esfriamento do combustível seguiam nesta sexta-feira, mas os operários seguem sem poder entrar nas instalações, devido à água altamente radioativa que inundou os edifícios e túneis.

A prioridade é retirar o líquido perigoso e encontrar um meio para tratá-lo e armazená-lo.

A Tepco estuda diversas soluções com cerca de quinze especialistas enviados ao Japão pelo grupo francês Areva, assim como com especialistas provenientes dos Estados Unidos.

A França anunciou nesta sexta-feira que já não desaconselha as viagens ao Japão, exceto para as cidades do nordeste próximas à central de Fukushima.

Os Estados Unidos também consideraram que o risco representado pelo acidente nuclear de Fukushima baixou e já não recomendam às famílias de seus diplomatas que saiam do Japão.

À medida que o verão se aproxima e aumenta o temor de uma carência de eletricidade na região de Tóquio, onde residem 35 milhões de pessoas, a Tepco planeja fornecer até 52 milhões de kilowatts, enquanto a demanda está estimada em 55 ou 60 milhões nos momentos de maior consumo.

O governo já advertiu que as empresas e particulares serão submetidos a cortes no consumo de 15% a 25% durante o verão, e as companhias vão se preparando para estas restrições.

Milhares de pequenos supermercados Seven-Eleven da região de Tóquio substituirão suas lâmpadas por modelos de diodos eletroluminescentes (LED), que economizam mais energia.

Os grupos de bebidas Coca-Cola Japão e Suntory decidiram, por sua vez, não refrigerar neste verão uma parte de seus distribuidores instalados nas ruas e nos locais públicos, respondendo às críticas do governador de Tóquio, Shintaro Ishihara, que considera que estas máquinas consomem muita energia e são inúteis.

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Tóquio - O governo japonês ordenou à operadora da central nuclear acidentada de Fukushima (nordeste) a entrega de uma primeira indenização a cada família evacuada da zona contaminada.

Os Estados Unidos e a França afirmaram, por sua vez, nesta sexta-feira, que a situação em Tóquio já não representa um perigo e que os turistas podem voltar ao Japão.

A operadora da central nuclear acidentada de Fukushima, Tokyo Electric Power (Tepco), entregará uma primeira indenização de um milhão de ienes (8,3 mil euros) a cada família obrigada a abandonar suas casas ou a viver "encarcerada" devido às emissões radioativas, antes que seja fixado o montante total das compensações financeiras, anunciou nesta sexta-feira a empresa.

"Decidimos pagar rapidamente", disse a diretora-geral da Tepco, Masataka Shimizu, em uma coletiva de imprensa.

"Vamos dar um adiantamento aos moradores, cujo montante foi fixado pelo governo. É um milhão de ienes por lar e 750 mil para as pessoas que vivem sozinhas", disse.

A decisão de dar esta soma antes de fixar o montante total das indenizações foi aprovada durante um conselho de administração da Tepco por ordem das autoridades.

Terão direito a esta soma as pessoas que residem na zona de evacuação, ou seja, a um raio de 20 km ao redor da central Fukushima Daiichi (Nº1), assim como as que vivem entre 20 e 30 km, onde não é aconselhado permanecer.


A população das localidades que não estão incluídas neste raio definido pelo governo, mas que receberam a ordem de sair de suas casas, também receberão indenizações.

No total, podem aspirar a uma indenização cerca de 50 mil lares, segundo os cálculos dos meios de comunicação japoneses.

A central de Fukushima saiu de serviço no dia 11 de março após o terremoto e tsunami gigantes que devastaram o nordeste do Japão, deixando 13.591 mortos confirmados e 14.497 desaparecidos, segundo um novo balanço provisório estabelecido nesta sexta-feira à noite pela polícia nacional.

Uma série de danos na usina nuclear provocaram a ruptura dos circuitos de esfriamento, explosões de hidrogênio e importantes vazamentos radioativos, o que obrigou as autoridades a pedir aos moradores que evacuassem os arredores.

As operações de bombeamento de água contaminada e de esfriamento do combustível seguiam nesta sexta-feira, mas os operários seguem sem poder entrar nas instalações, devido à água altamente radioativa que inundou os edifícios e túneis.

A prioridade é retirar o líquido perigoso e encontrar um meio para tratá-lo e armazená-lo.

A Tepco estuda diversas soluções com cerca de quinze especialistas enviados ao Japão pelo grupo francês Areva, assim como com especialistas provenientes dos Estados Unidos.

A França anunciou nesta sexta-feira que já não desaconselha as viagens ao Japão, exceto para as cidades do nordeste próximas à central de Fukushima.

Os Estados Unidos também consideraram que o risco representado pelo acidente nuclear de Fukushima baixou e já não recomendam às famílias de seus diplomatas que saiam do Japão.

À medida que o verão se aproxima e aumenta o temor de uma carência de eletricidade na região de Tóquio, onde residem 35 milhões de pessoas, a Tepco planeja fornecer até 52 milhões de kilowatts, enquanto a demanda está estimada em 55 ou 60 milhões nos momentos de maior consumo.

O governo já advertiu que as empresas e particulares serão submetidos a cortes no consumo de 15% a 25% durante o verão, e as companhias vão se preparando para estas restrições.

Milhares de pequenos supermercados Seven-Eleven da região de Tóquio substituirão suas lâmpadas por modelos de diodos eletroluminescentes (LED), que economizam mais energia.

Os grupos de bebidas Coca-Cola Japão e Suntory decidiram, por sua vez, não refrigerar neste verão uma parte de seus distribuidores instalados nas ruas e nos locais públicos, respondendo às críticas do governador de Tóquio, Shintaro Ishihara, que considera que estas máquinas consomem muita energia e são inúteis.

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