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Tepco pede ajuda estatal para indenizações por crise nuclear

Solicitação foi feita ao porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, para garantir pagamentos de vítimas do vazamento radioativo da usina

Crise evacuou pelo menos 80 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros ao redor da usina de Fukushima (Arquivo/AFP)

Crise evacuou pelo menos 80 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros ao redor da usina de Fukushima (Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2011 às 05h57.

Tóquio - A Tokyo Electric Power Company (Tepco) solicitou nesta terça-feira ajuda pública ao Governo japonês para enfrentar o pagamento de indenizações pelo acidente nuclear na usina de Fukushima.

A solicitação formal foi apresentada pelo presidente da Tepco, Masataka Shimizu, em uma reunião com o porta-voz do Governo, Yukio Edano, e o ministro da Indústria, Banri Kaieda, segundo informou a agência local "Kyodo".

O Governo insistiu que, embora a Tepco seja a responsável por abonar as indenizações, deve-se assegurar que os evacuados recebem as compensações.

As indenizações pela crise de Fukushima, que provocou a evacuação de pelo menos 80 mil pessoas em um raio de 20 quilômetros ao redor da usina nuclear, serão muito elevadas, embora a empresa ainda não tenha apresentado os números.

Alguns analistas falam em mais de 60 bilhões de euros, cifras ainda não confirmadas nem desmentidas.

A Tepco já anunciara cortes de 50% nos salários dos membros de seu conselho de administração, de 25% para os empregados em cargos de diretoria e de 20% para o restante do seu quadro.

Nesta terça-feira, Shimizu indicou que os vencimentos dos diretores sofrerão novos cortes e que a organização da empresa será reestruturada, o que pode incluir a venda de ações.

No fim de abril, a Tepco começou a distribuir entre os evacuados as solicitações para a reivindicação de indenizações provisórias.

Inicialmente, as compensações serão de 1 milhão de ienes por família (8.350 euros) e 750 mil ienes (6.260 euros) para os que vivem sós.

A situação na usina de Fukushima ainda não foi controlada, e os esforços se concentram agora em devolver o resfriamento ao reator 1, que pode ser blindado com placas de chumbo ou mediante a construção de um túnel metálico.

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