Tensão no Líbano após morte de xeque e confrontos
"Os combates começaram às três horas da manhã e deixaram dois mortos e 18 feridos", informou uma fonte dos serviços de segurança
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2012 às 17h14.
Beirute - Duas pessoas morreram nesta segunda-feira durante confrontos em Beirute, no dia seguinte à morte de um oficial sunita hostil ao regime de Damasco, o que aumentou os temores de que a crise síria chegue ao país vizinho.
Os confrontos desta segunda-feira ocorreram no bairro de Tarik el Jdideh, entre um movimento libanês simpatizante da rebelião síria e outro partidário do regime de Bashar al-Assad.
"Os combates começaram às três horas da manhã e deixaram dois mortos e 18 feridos", informou uma fonte dos serviços de segurança.
No domingo, o xeque sunita Ahmad Abdel Wahed, um simpatizante da revolta na Síria , foi morto a tiros pelo Exército.
Segundo os serviços de segurança, o Exército abriu fogo quando seu carro se recusou a parar num posto de controle na região de Akkar (norte), uma versão contestada por várias testemunhas. A região já estava mergulhada em confrontos entre sunitas e alauitas, que deixaram 10 mortos nos últimos dias.
Tarik al Jdideh voltou à calma, mas a tensão ainda era palpável neste bairro predominantemente sunita do oeste de Beirute.
"Eu estou farta, já vivi muitos anos de guerra, não posso ficar mais nenhum minuto no Líbano", disse Amal Jattab, professora, referindo-se à guerra civil (1975-1990) e aos diversos conflitos dos últimos anos.
A revolta na Síria alimenta a tensão no Líbano, país que permaneceu por 30 anos sob a tutela síria e agora está dividido entre opositores e partidários de Bashar al-Assad.
As partes que entraram em conflito nesta segunda-feira na capital eram simpatizantes do Movimento Futuro, dominado por sunitas e liderado por Saad Hariri, líder da oposição sunita hostil ao governo de Damasco, e o Partido da Corrente Árabe, uma pequena formação da mesma corrente, mas que apoia o presidente sírio.
A sede do Partido da Corrente Árabe foi totalmente incendiada e metralhada. Dezenas de motos foram queimadas e as janelas dos carros explodiram, observou a AFP.
A oposição libanesa acusa Damasco de querer semear o caos no Líbano para desviar a atenção da crise na Síria.
O Movimento Futuro acusou "mercenários do regime sírio e seus aliados no Líbano" de estarem por trás dos confrontos em Beirute.
Segundo Hariri, há uma vontade de "causar problemas por interesses do regime sírio". Ele acrescentou que os envolvidos no assassinato do xeque sunita "desejam exportar a crise do regime" de Assad.
Vinte e um soldados foram detidos para interrogatório sobre o assassinato do xeque, disse à AFP uma fonte judicial.
Beirute - Duas pessoas morreram nesta segunda-feira durante confrontos em Beirute, no dia seguinte à morte de um oficial sunita hostil ao regime de Damasco, o que aumentou os temores de que a crise síria chegue ao país vizinho.
Os confrontos desta segunda-feira ocorreram no bairro de Tarik el Jdideh, entre um movimento libanês simpatizante da rebelião síria e outro partidário do regime de Bashar al-Assad.
"Os combates começaram às três horas da manhã e deixaram dois mortos e 18 feridos", informou uma fonte dos serviços de segurança.
No domingo, o xeque sunita Ahmad Abdel Wahed, um simpatizante da revolta na Síria , foi morto a tiros pelo Exército.
Segundo os serviços de segurança, o Exército abriu fogo quando seu carro se recusou a parar num posto de controle na região de Akkar (norte), uma versão contestada por várias testemunhas. A região já estava mergulhada em confrontos entre sunitas e alauitas, que deixaram 10 mortos nos últimos dias.
Tarik al Jdideh voltou à calma, mas a tensão ainda era palpável neste bairro predominantemente sunita do oeste de Beirute.
"Eu estou farta, já vivi muitos anos de guerra, não posso ficar mais nenhum minuto no Líbano", disse Amal Jattab, professora, referindo-se à guerra civil (1975-1990) e aos diversos conflitos dos últimos anos.
A revolta na Síria alimenta a tensão no Líbano, país que permaneceu por 30 anos sob a tutela síria e agora está dividido entre opositores e partidários de Bashar al-Assad.
As partes que entraram em conflito nesta segunda-feira na capital eram simpatizantes do Movimento Futuro, dominado por sunitas e liderado por Saad Hariri, líder da oposição sunita hostil ao governo de Damasco, e o Partido da Corrente Árabe, uma pequena formação da mesma corrente, mas que apoia o presidente sírio.
A sede do Partido da Corrente Árabe foi totalmente incendiada e metralhada. Dezenas de motos foram queimadas e as janelas dos carros explodiram, observou a AFP.
A oposição libanesa acusa Damasco de querer semear o caos no Líbano para desviar a atenção da crise na Síria.
O Movimento Futuro acusou "mercenários do regime sírio e seus aliados no Líbano" de estarem por trás dos confrontos em Beirute.
Segundo Hariri, há uma vontade de "causar problemas por interesses do regime sírio". Ele acrescentou que os envolvidos no assassinato do xeque sunita "desejam exportar a crise do regime" de Assad.
Vinte e um soldados foram detidos para interrogatório sobre o assassinato do xeque, disse à AFP uma fonte judicial.