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Tempestade Elsa chega a Cuba e deve seguir rumo à Flórida

O clima relacionado ao furacão é uma má notícia para a cidade de Surfside, onde a busca por vítimas continua após o desabamento de um prédio

Desabamento em Miami: a tempestade pode trazer chuvas, inundações e fortes rajadas de vento (Marco Bello/Reuters)
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AFP

Publicado em 4 de julho de 2021 às 17h13.

Última atualização em 4 de julho de 2021 às 17h23.

Depois de atingir várias ilhas caribenhas e deixar ao menos três mortos, a tempestade Elsa atingiu Cuba neste domingo (4) e durará quase dois dias antes de seguir rumo à Flórida, no sudeste dos Estados Unidos.

O Centro Nacional de Furacões (NHS), com sede em Miami, informou em seu relatório das 18h00 GMT (15h00 em Brasília) que Elsa se encontrava 65 km ao sul-sudeste de Cabo Cruz, Cuba, com ventos máximos sustentados de 95 km/h.

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Ao passar por La Española, Elsa deixou dois mortos na República Dominicana. Um jovem de 15 anos morreu na região de Bahoruco pela queda de um muro, enquanto uma mulher de 75 anos também morreu pelo desabamento de sua casa em Bani, segundo o jornal local Listin Diaro, que citou informações do Instituto Nacional de Medicina Legal (Inacif).

Uma terceira pessoa morreu em Soufriere, na ilha de Santa Lucía, no sul da Martinica, informou a Agência Caribenha de Gerenciamento de Emergências de Desastres (CDEMA) na noite de sábado.

O Haiti, embora muito vulnerável às inclemências da natureza, não registrou mortes ou "danos graves", embora tenha havido danos a algumas plantações, disse Jerry Chandler, diretor de Proteção Civil do país.

O NHC indicou que as condições de tempestade persistiram em partes do sul do Haiti e da Jamaica, onde são esperadas chuvas entre 100 e 200 milímetros até este domingo, com picos de até 380 mm.

Alarme ciclônico

Por sua vez, em Cuba, "as chuvas serão fortes e intensas em alguns locais, principalmente nas zonas montanhosas e na costa sul", informou o Instituto de Meteorologia (Insmet) da ilha.

A Defesa Civil decretou um "alarme ciclônico" para 11 das 15 províncias cubanas, onde há vários dias se realizam ações para antecipar os estragos que a tempestade possa causar.

Elsa chega ao momento mais complicado da pandemia da covid-19, quando a ilha caribenha de 11,2 milhões de habitantes acumula 204.247 infectados e 1.351 falecimentos em 15 meses.

Na sexta-feira, o Elsa se tornou o primeiro furacão da temporada do Atlântico com ventos de mais de 120 km/h, embora no sábado tenha sido rebaixado para uma tempestade tropical.

Este será o terceiro ciclone que Cuba enfrenta durante a pandemia. Em novembro passado a ilha foi atingida pela tempestade Eta e, em agosto de 2020, pelo furacão Laura, sem grandes danos em ambos os casos.

Não foi assim em setembro de 2017, quando o furacão Irma afetou 13 províncias cubanas por 72 horas e deixou 10 mortos, além de 158.000 casas afetadas e 14.000 desabamentos de edifícios.

De acordo com previsões, Elsa contornará a costa sul neste domingo para "se aproximar do centro de Cuba esta noite. Na segunda-feira, Elsa deve se mover pelo centro e oeste de Cuba e se direcionar ao estreito da Flórida", observou pela manhã o NHC.

"Um enfraquecimento gradual está previsto para ocorrer hoje à noite e na segunda-feira, conforme Elsa se move por Cuba. Depois que Elsa emergir sobre o Estreito da Flórida e no sudeste do Golfo do México, algum fortalecimento é possível", acrescentou.

No sul da Flórida, a tempestade pode trazer chuvas, inundações e fortes rajadas de vento.

O clima relacionado ao furacão é uma má notícia para a cidade de Surfside, perto de Miami, onde a busca por vítimas continua após o desabamento de um prédio na semana passada que deixa até agora 24 mortos e 121 desaparecidos.

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