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Temer e comitiva solidária brasileira embarcam para o Líbano

Ex-presidente lidera comitiva de parlamentares, diplomatas e empresários para levar doações para o país atingido por forte explosão na semana passada

Explosão no porto de Beirute deixou 300.000 desabrigados, mais de 170 mortos e 6.000 feridos (STR/NurPhoto/Getty Images)

Explosão no porto de Beirute deixou 300.000 desabrigados, mais de 170 mortos e 6.000 feridos (STR/NurPhoto/Getty Images)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 12 de agosto de 2020 às 06h51.

A comitiva brasileira que fará uma visita de solidariedade ao Líbano, levando ajuda humanitária, embarca nesta quarta, 12, pela manhã. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deve partir às 11h da Base Aérea de Guarulhos, em São Paulo, com o grupo liderado pelo ex-presidente Michel Temer.

O empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também integra a comitiva. Temer e Skaf são descendentes de libaneses. Parlamentares, diplomatas e empresários acompanham a missão oficial.

O avião da FAB também vai levar toneladas de medicamentos, equipamentos hospitalares e mantimentos. Os insumos foram doados por descendentes de libaneses que vivem no Brasil e o governo brasileiro.

Temer conseguiu uma autorização especial para viajar. Ele é réu da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

A comitiva chega na quinta, 13, em Beirute, e volta no sábado, 15. “A intenção é prestar um gesto de solidariedade nesse momento tão difícil para o Líbano”, diz Skaf.

Na última terça, 4, uma forte explosão no porto de Beirute deixou 300.000 desabrigados, mais de 170 mortos e 6.000 feridos. Pelo menos três hospitais foram destruídos. Um armazém que guardava 2.750 toneladas de nitrato de amônio, material altamente inflamável, pegou fogo e explodiu.

Na quinta, os integrantes da missão oficial brasileira devem se encontrar com o presidente do Líbano, Michel Aoun, e com lideranças religiosas. Na sexta, 14, está programada uma reunião com o porta-voz do Parlamento, Nabih Berri, e a entrega oficial da ajuda humanitária.

O primeiro-ministro, Hassan Diab, renunciou nesta segunda, 10, após intensos protestos em Beirute contra o governo. Documentos indicam que as autoridades locais tinham conhecimento sobre as condições precárias com que o nitrato de amônio estava armazenado.

A comunidade de descendentes de libaneses no Brasil, que soma cerca de 10 milhões de pessoas, está se mobilizando para enviar novas remessas de ajuda humanitária para Beirute, de navio e avião.

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