Pessoas passam ao lado de poster de Badie: a Promotoria ordenou nesta quinta-feira a detenção de Badie e do "número dois" da Irmandade, Jairat al Shater (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2013 às 18h02.
Cairo - A televisão estatal do Egito confirmou hoje a detenção do guia espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, que tinha sido acusado de instigar o assassinato de manifestantes pacíficos contra o deposto presidente Mohamed Mursi.
Badie, líder máximo do grupo, foi detido na cidade de Marsa Matruh, localizada no litoral mediterrâneo e próxima à fronteira com a Líbia.
A Promotoria ordenou nesta quinta-feira a detenção de Badie e do "número dois" da Irmandade, Jairat al Shater, depois de comprovada a "veracidade" dos testemunhos apontando que ambos provocaram o assassinato de manifestantes que protestavam na frente da sede do grupo no Cairo.
Fontes de segurança explicaram que Shater também foi detido, apesar de não haver confirmação oficial a respeito.
O presidente deposto continua em paradeiro desconhecido, embora uma fonte da Irmandade Muçulmana tenha dito que ele foi separado de sua equipe presidencial e levado ao Ministério da Defesa, onde está retido.
Além disso, a justiça egípcia emitiu uma ordem para proibir a saída de Mursi do país, que está sendo investigado pelas acusações de ter insultado o Poder Judiciário junto a outros oito dirigentes da Irmandade Muçulmana.