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Tapetes vermelhos e limusines esgotadas: Hollywood lucra com o Oscar

Oscar não é bom negócio apenas para estúdios e artistas, evento movimenta economia local com venda de tapetes vermelhos e aluguéis de limusines, por exemplo

Temporada de premiações em Hollywood beneficia também outros setores econômicos e gera empregos (Alberto E. Rodriguez/Getty Images)

Temporada de premiações em Hollywood beneficia também outros setores econômicos e gera empregos (Alberto E. Rodriguez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2012 às 13h52.

Quilômetros de tapetes vendidos, listas de espera para limusines e centenas de designers, eletricistas, cozinheiros e técnicos de todo tipo estão tendo lucros em fevereiro, na temporada de prêmios que termina com os Oscar e com os tapetes vermelhos de Hollywood.

Não é preciso ir muito longe para tropeçar em algum tapete vermelho na ostentosa cidade: desde novembro houve quase uma premiação por semana (do sindicato de atores, da associação de fotógrafos, dos críticos estrangeiros, etc.), aos que se somam as estréias regulares com a presença de alguma estrela.

Assim, uma visita ao cinema pode resultar em um encontro com Angelina Jolie, por exemplo, embora o trânsito gerado e os gritos maravilhados de curiosos e turistas transformam o episódio em um acontecimento cotidiano um pouco aborrecido para os fãs de Angelina.

É tempo de colheita em uma cidade que vive do espetáculo: por exemplo, Red Carpet System, uma empresa que fornece tapetes vermelhos para eventos - e que na realidade podem ser de qualquer cor -, vende em fevereiro um quilômetro de tapete no total, contra meio quilômetro em agosto. E é apenas uma das dezenas de empresas dedicadas ao setor.

"Na temporada de prêmios ganhamos cerca de 150 mil e 250 mil dólares por mês e em um mês mais tranquilo, como agosto, entre 100 mil e 125 mil", disse à AFP o francês Tony Adzar, fundador do http://www.redcarpetsystems.com, que fornece materiais para grandes premiações como os Oscar, os Grammy e os Globos de Ouro.

Mas nem só de tapetes vivem as estrelas: também precisam ser fotografadas e protegidas. Os pacotes, que custam entre 1.300 e 4.000 dólares, incluem cartazes, cortinas de veludo, fotógrafos, mesas para os VIP e proteção para controlar multidões.

Contudo, os primeiros que pisam no tapete vermelho são os imigrantes que os instalam. De fato, a maioria das centenas de técnicos que conseguem emprego durante a bonança hollywoodiana é de origem latino-americana, confirmou Adzar, embora sem falar em números.

Também são muitos bons tempos para as empresas que alugam limusines.

"Definitivamente é um impulso para as empresas de limusines", disse à AFP Jonna Sabroff, presidente da Integrated Transportation Services (ITS). As maiores empresas, que têm uma frota de mais de 25 veículos de luxo, "têm reservas além de sua capacidade e recorrem a afiliados ou sublocação", afirmou.

"Há trabalho para todas as empresas 'limo-rental' de Los Angeles e de Orange (ao sul) para manejar o enorme volume que gera a temporada", agregou, explicando que seus choferes trabalham horas extra - 10 por dia-, para buscar uma estrela no aeroporto, levá-la ao hotel, acompanhá-la nas compras ou a alguma festa e finalmente conduzi-la à cerimônia de premiação.

A ITS trabalha junto com a Sequoia Productions, uma organizadora de eventos que há 23 anos produz o jantar de gala conhecido como "Governors Ball". É a festa por excelência dos diretores da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas - que organiza o Oscar - e acontecerá logo depois da premiação de domingo, com 1.500 convidados.

"Somente a 'Governors Ball' contrata 150 técnicos, 400 cozinheiros e uma equipe de 30 produtores", disse à AFP Gary Levitt, vice-presidente da empresa.

A empresa revelou na semana passada para a imprensa a decoração e o menu de gala, a cargo do famoso chefe austríaco Wolfgang Puck.

"Janeiro e fevereiro são os meses mais cheios do ano", disse Azdar, da fornecedora de tapetes vermelhos. "Adoramos estar ocupados!".

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