Também há guerras na economia e nas finanças, afirma papa
Pontífice disse que guerras travadas nos confrontos armados se somam a guerras menos visíveis, mas não menos cruéis, combatidas no campo econômico e financeiro
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 09h00.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco disse que as guerras travadas nos confrontos armados "se somam guerras menos visíveis, mas não menos cruéis, combatidas no campo econômico e financeiro com meios também destrutivos da vida, das famílias e das empresas".
Assim Francisco assegurou em sua primeira Mensagem para a Jornada Mundial da Paz que será realizada no dia 1º de janeiro de 2014, divulgado nesta quinta-feira e no qual o papa insistiu em que a família é a fonte de toda a fraternidade, e portanto também é o fundamento e a principal via para a paz.
"Em um mundo caracterizado pela globalização da indiferença, faz-nos lentamente nos acostumarmos aos sofrimentos dos demais, encerrando-nos dentro de nós mesmos", assinalou.
"As novas ideologias, que se caracterizam pelo individualismo generalizado, o egocentrismo e o consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando a mentalidade de "resíduos", que levam ao desprezo e ao esquecimento dos mais vulneráveis, dos que são considerados "inúteis"", continuou o papa.
"Na família de Deus, onde todos somos filhos do mesmo pai, e porque vivemos em Cristo, não há vidas desperdiçadas, por isso que é fácil entender que a fraternidade é o fundamento e o caminho para a paz", assegurou o sumo pontífice.
O papa se referiu em sua mensagem a Bento XVI, quem na encíclica Caritas in Veritate lembrou ao mundo como a falta de fraternidade entre os povos e os homens é uma grande causa de pobreza.
"Além disso, se por um lado existe uma redução da pobreza absoluta, por outro lado não podemos deixar de reconhecer um grande aumento da pobreza relativa, ou seja, das desigualdades entre as pessoas e grupos que vivem em uma região ou em um contexto histórico e cultural particular", ressaltou.
Francisco também reconheceu a necessidade de que "os políticos atenuem a desigualdade excessiva de renda".
"Não devemos nos esquecer o ensino da Igreja sobre a chamada hipoteca social, na qual é lícito, segundo São Tomás de Aquino, mas bem necessário, que o homem tenha a propriedade dos bens, quanto a seu uso, possuindo-os não só como próprios, mas também como comuns, no sentido de que podem beneficiar não só a ele mas também aos outros", explicou.
Para o papa, a sucessão de crises econômicas deve nos levar a repensar os modelos de desenvolvimento econômico e a uma mudança no estilo de vida.
"A crise atual, apesar de seu legado grave para a vida das pessoas, pode ser também uma boa oportunidade para se recuperar as virtudes de prudência, temperança, justiça e força, (...) para se redescobrir os laços fraternais", disse.
O pontífice falou da guerra e fez um firme apelo a todos os que semeiam violência e morte: "Descubram naquele que hoje vocês consideram apenas um inimigo a ser abatido um irmão".
Cidade do Vaticano - O papa Francisco disse que as guerras travadas nos confrontos armados "se somam guerras menos visíveis, mas não menos cruéis, combatidas no campo econômico e financeiro com meios também destrutivos da vida, das famílias e das empresas".
Assim Francisco assegurou em sua primeira Mensagem para a Jornada Mundial da Paz que será realizada no dia 1º de janeiro de 2014, divulgado nesta quinta-feira e no qual o papa insistiu em que a família é a fonte de toda a fraternidade, e portanto também é o fundamento e a principal via para a paz.
"Em um mundo caracterizado pela globalização da indiferença, faz-nos lentamente nos acostumarmos aos sofrimentos dos demais, encerrando-nos dentro de nós mesmos", assinalou.
"As novas ideologias, que se caracterizam pelo individualismo generalizado, o egocentrismo e o consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando a mentalidade de "resíduos", que levam ao desprezo e ao esquecimento dos mais vulneráveis, dos que são considerados "inúteis"", continuou o papa.
"Na família de Deus, onde todos somos filhos do mesmo pai, e porque vivemos em Cristo, não há vidas desperdiçadas, por isso que é fácil entender que a fraternidade é o fundamento e o caminho para a paz", assegurou o sumo pontífice.
O papa se referiu em sua mensagem a Bento XVI, quem na encíclica Caritas in Veritate lembrou ao mundo como a falta de fraternidade entre os povos e os homens é uma grande causa de pobreza.
"Além disso, se por um lado existe uma redução da pobreza absoluta, por outro lado não podemos deixar de reconhecer um grande aumento da pobreza relativa, ou seja, das desigualdades entre as pessoas e grupos que vivem em uma região ou em um contexto histórico e cultural particular", ressaltou.
Francisco também reconheceu a necessidade de que "os políticos atenuem a desigualdade excessiva de renda".
"Não devemos nos esquecer o ensino da Igreja sobre a chamada hipoteca social, na qual é lícito, segundo São Tomás de Aquino, mas bem necessário, que o homem tenha a propriedade dos bens, quanto a seu uso, possuindo-os não só como próprios, mas também como comuns, no sentido de que podem beneficiar não só a ele mas também aos outros", explicou.
Para o papa, a sucessão de crises econômicas deve nos levar a repensar os modelos de desenvolvimento econômico e a uma mudança no estilo de vida.
"A crise atual, apesar de seu legado grave para a vida das pessoas, pode ser também uma boa oportunidade para se recuperar as virtudes de prudência, temperança, justiça e força, (...) para se redescobrir os laços fraternais", disse.
O pontífice falou da guerra e fez um firme apelo a todos os que semeiam violência e morte: "Descubram naquele que hoje vocês consideram apenas um inimigo a ser abatido um irmão".