Talibãs dizem desconhecer processo de paz com Cabul
Em 2015, o governo afegão e os talibãs realizaram no Paquistão um primeiro diálogo direto que foi interrompido rapidamente após o anúncio da morte do mulá Omar
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 13h22.
Os talibãs não estão cientes da convocação lançada por Cabul para retomar o diálogo direto e colocar fim ao conflito, afirmou seu porta-voz nesta quarta-feira, um dia após uma reunião internacional destinada a relançar o processo de paz.
"Não estamos cientes, portanto não posso dizer nada sobre estas negociações", declarou Zabiullah Mujahid, contactado pela AFP.
"Não nos disseram nada oficial. Tudo o que sabemos soubemos pelos meios de comunicação", acrescentou.
Em julho de 2015, o governo afegão e os talibãs realizaram no Paquistão um primeiro diálogo direto que foi interrompido rapidamente após o anúncio da morte do mulá Omar, fundador do movimento insurgente.
A morte de Omar e sua substituição pelo mulá Akhtar Mansur acentuaram as divisões entre os talibãs, o que não impediu que o movimento lançasse grandes ataques militares.
Em 2015, os confrontos militares e os atentados deixaram 3.545 civis mortos e 7.457 feridos, segundo as Nações Unidas.
Foi o ano mais sangrento desde 2009, quando a ONU começou a contabilizar as vítimas civis do conflito.
Os talibãs não estão cientes da convocação lançada por Cabul para retomar o diálogo direto e colocar fim ao conflito, afirmou seu porta-voz nesta quarta-feira, um dia após uma reunião internacional destinada a relançar o processo de paz.
"Não estamos cientes, portanto não posso dizer nada sobre estas negociações", declarou Zabiullah Mujahid, contactado pela AFP.
"Não nos disseram nada oficial. Tudo o que sabemos soubemos pelos meios de comunicação", acrescentou.
Em julho de 2015, o governo afegão e os talibãs realizaram no Paquistão um primeiro diálogo direto que foi interrompido rapidamente após o anúncio da morte do mulá Omar, fundador do movimento insurgente.
A morte de Omar e sua substituição pelo mulá Akhtar Mansur acentuaram as divisões entre os talibãs, o que não impediu que o movimento lançasse grandes ataques militares.
Em 2015, os confrontos militares e os atentados deixaram 3.545 civis mortos e 7.457 feridos, segundo as Nações Unidas.
Foi o ano mais sangrento desde 2009, quando a ONU começou a contabilizar as vítimas civis do conflito.