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Taleban paquistanês planeja atacar eleição histórica

Segundo carta do líder, grupo militante planeja atentados suicidas para minar a votação deste sábado


	Oficina de sapatos da comunidade xiita de Hazara mostra cartazes de candidatos das eleições do Paquistão, em Quetta
 (Naseer Ahmed/Reuters)

Oficina de sapatos da comunidade xiita de Hazara mostra cartazes de candidatos das eleições do Paquistão, em Quetta (Naseer Ahmed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 08h35.

Islamabad - O Taleban do Paquistão planeja realizar atentados suicidas durante a eleição de sábado em uma tentativa de minar a votação, de acordo com uma carta do líder do grupo militante.

O líder do Taleban paquistanês, Hakimullah Mehsud, em uma mensagem ao porta-voz do grupo, delineou planos de ataques, incluindo explosões suicidas, em todas as quatro províncias do país.

"Nós não aceitamos o sistema de infiéis que é chamado de democracia", disse Mehsud na carta, datada de 1º de maio, e obtida pela Reuters nesta quinta-feira.

O Taleban paquistanês, ligado à Al Qaeda, matou mais de 100 pessoas em ataques a candidatos e comícios, particularmente contra partidos de tendência secular, em uma tentativa de minar as eleições que consideram anti-islâmica.

Os ataques impediram candidatos dos três principais partidos da coalizão governista de realizar grandes comícios. Em vez disso, eles têm contado com a campanha porta-a-porta ou pequenas reuniões em casas ou nas esquinas.

Na quinta-feira, homens armados sequestraram o filho de Yusuf Raza Gilani, um ex-primeiro-ministro fiel ao Partido Popular do Paquistão (PPP), enquanto ele estava indo para uma pequena reunião política, disse a polícia. O secretário de Ali Haider Gilani e um segurança foram mortos no incidente.

Os militares do Paquistão disseram nesta quinta-feira que vão enviar dezenas de milhares de soldados aos pontos de votação e centros de contagem para impedir os Talebans de cometerem ataques na eleição.

A eleição, que já é a mais violenta do Paquistão, marca a primeira vez que um governo civil irá completar um mandato e passá-lo a outra administração.

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