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Suspensão da Venezuela pode ser discutida na OEA

Os estados-membros da OEA deverão apresentar um projeto de resolução para ser votado durante a reunião, mas o texto ainda está em negociação

Nicolás Maduro: texto deve condenar as recentes eleições na Venezuela, quando o presidente foi reeleito (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Nicolás Maduro: texto deve condenar as recentes eleições na Venezuela, quando o presidente foi reeleito (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de junho de 2018 às 17h00.

A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) começa nesta segunda-feira (4), tendo como principal tema será a crise na Venezuela.

Os estados-membros da OEA deverão apresentar um projeto de resolução para ser votado durante a reunião, mas o texto ainda está em negociação.

Outro tema que pode ser abordado é a suspensão do país da organização, já que a Carta Democrática Interamericana prevê essa possibilidade em caso de ruptura democrática.

Segundo o embaixador José Luiz Machado e Costa, representante permanente do Brasil junto à OEA, "a carta democrática contempla. no Artigo 21, a suspensão. Ou seja, não está descartado que isso vá ocorrer".

O que também está em discussão é o conteúdo da resolução que será apresentada para votação na assembleia. O texto deve condenar as recentes eleições na Venezuela, quando o presidente Nicolás Maduro foi reeleito.

Segundo o embaixador, essas eleições "carecem de legitimidade e credibilidade". Também deverão ser abordadas questões como a dos resos políticos e a da ajuda humanitária. Os países devem pedir que as autoridades venezuelanas permitam acesso da ajuda ao país.

Nicarágua

Já o tema da violência da Nicarágua não deve ser o foco agora. Ele não consta da pauta da assembleia, ainda que possa vir a ser levantado por algum país durante a reunião.

"O Conselho Permanente tem estado atento aos desenvolvimentos na Nicarágua, os países, individualmente, têm emitido notas a respeito da situação - o Brasil mesmo emitiu uma nota exortando ao diálogo e solicitando ao governo que procure resolver o assunto sem o recurso da violência, mas, até o momento, não está na agenda da organização o tratamento da questão da Nicarágua", afirmou o embaixador. Ele fez a ressalva de que o tema deve ser tratado com profundidade pela OEA depois da Assembleia Geral.

Órgão superior da OEA, a Assembleia Geral conta com representação de todos os estados-membros da organização e se reúne anualmente, mas, em circunstâncias especiais, pode haver reuniões extraordinárias.

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