Mundo

Supremo venezuelano convoca Ortega e a proíbe de deixar o país

Mais cedo, a procuradora afirmou que o governo de Nicolás Maduro impôs um "terrorismo de Estado" através da alta corte e dos militares

Luisa Ortega: um deputador aliado do governo pediu ao TSJ para avaliar a saúde "mental" de Ortega (Ivan Alvarado/Reuters)

Luisa Ortega: um deputador aliado do governo pediu ao TSJ para avaliar a saúde "mental" de Ortega (Ivan Alvarado/Reuters)

A

AFP

Publicado em 28 de junho de 2017 às 21h04.

A Suprema Corte de Justiça da Venezuela convocou a procuradora-geral, Luisa Ortega, a comparecer em 4 de julho a uma audiência que decidirá se irá levá-la a juízo, proibindo-a de deixar o país, informou o tribunal.

O Plenário do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) "fixa a audiência oral e pública para a terça-feira, 4 de julho" e estabelece como medidas cautelares a proibição de saída do país e o congelamento de contas e bens, destaca um comunicado.

O TSJ, acusado de servir ao governo, ordenou também que o deputado da situação Pedro Carreño compareça à audiência. Carreño apresentou uma solicitação de juízo contra a procuradora e contra o defensor público, Tarek William Sabb.

Carreño, que também pediu ao TSJ para avaliar a saúde "mental" de Ortega, garante que a procuradora "mentiu" ao assegurar que não tinha aprovado a seleção de 33 magistrados, que segundo ela foram designados irregularmente pelo Parlamento anterior, de maioria chavista, em dezembro 2015.

Mais cedo, a procuradora afirmou que o governo de Nicolás Maduro impôs um "terrorismo de Estado" através da alta corte e dos militares.

Ela também reiterou que na Venezuela se continua "na presença da ruptura constitucional, se continua violando a Constituição e se continua desmantelando o Estado".

"Eu convoco o país a manter-se apegado à Constituição e à lei", disse a funcionária, chavista assumida que se tornou a maior adversária do governo de Maduro, que a chama de "traidora".

Em sua declaração, Ortega afirmou que "há uma clara intenção de anular o Ministério Público" com duas sentenças emitidas na noite de terça-feira, que deram atribuições de investigação do Ministério Público a Saab.

O defensor comemorou depois em entrevista coletiva essa sentença que permitirá que ele "participe nas investigações sobre violações aos direitos humanos".

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasNicolás MaduroProtestosVenezuela

Mais de Mundo

Eleições na Venezuela: compare os planos de governo de Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia

Maduro convoca apoiadores para mobilização de votos de última hora

Venezuelanos protestam em Miami por não poderem votar nas eleições de seu país

Governo de Bangladesh restaura internet após protestos

Mais na Exame