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Cristina Kirchner será julgada na próxima terça, diz Justiça argentina

O julgamento de Cristina Kirchner deveria ter começado em 26 de fevereiro, mas foi adiado para maio devido a problemas de saúde de um dos juízes

A ex-presidente da Argentina é acusada de corrupção (Agustin Marcarian/Reuters)
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EFE

Publicado em 16 de maio de 2019 às 15h13.

Última atualização em 16 de maio de 2019 às 16h03.

Buenos Aires — A Corte Suprema de Justiça da Argentina confirmou hoje que a análise de recursos antes do julgamento da ex-presidente Cristina Kirchner por corrupção não implica a suspensão da audiência, cujo início está previsto para a próxima terça-feira.

"O pedido de autos solicitados por esta Corte não suspende o julgamento oral em trâmite. A medida é apenas para analisar o caso que, assim que extraídas e certificadas as cópias pertinentes, será devolvido ao tribunal em tempo oportuno", explicou o Supremo em comunicado.

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Os últimos dias foram marcados por uma forte polêmica, após a Corte Suprema ter pedido na terça-feira ao Tribunal Oral Federal 2 (TOF2), encarregado do julgamento, os dossiês do caso para analisar recursos da defesa da ex-governante.

A postura do Supremo gerou dúvidas sobre uma possível suspensão do julgamento. O presidente da Argentina, Maurício Macri, chegou a falar que sonha com o fim da "impunidade".

O julgamento de Cristina Kirchner deveria ter começado no dia 26 de fevereiro, mas foi adiado para 21 de maio devido a problemas de saúde de Jorge Alberto Tassara, um dos juízes que integravam o tribunal e que morreu em março.

Em texto publicado no site do Centro de Informação Judicial, o Supremo esclarece o que aconteceu devido ao recurso apresentado pela ex-presidente, acusada de liderar uma organização criminosa e cometer fraudes através da concessão de obras públicas.

A Corte Suprema destaca que também recebeu outros oito recursos e que "o passo juridicamente correto" foi solicitar a documentação de todos ao TOF2.

Diante desta situação, o texto ressalta que foi solicitado "em caráter de urgência" o expediente principal ao Tribunal Oral, uma medida que é "habitual" e "foi adotada em várias oportunidades".

O Supremo justifica que, desta maneira, tenta evitar repetir experiências anteriores nas quais, "por não ter exercido um controle oportuno, os processos acabaram se nulificando por deficiências processuais não atendidas no seu devido momento, gerando desconfiança na sociedade".

"A Corte deve cumprir a sua missão de guarda das garantias constitucionais que correspondem a todos os cidadãos por igual, examinando o correto cumprimento do devido processo em conformidade com a Constituição Nacional e as leis", conclui o texto.

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