Mundo

Supertufão Haiyan deixa 3 mortos e milhares de evacuados

Pelo menos três pessoas morreram e milhares foram evacuadas nas Filipinas perante a chegada do tufão "Haiyan", considerado o mais potente de 2013

Pessoa passa por área destruída pelo tufão Haiyan, nas Filipinas: segundo o último balanço das autoridades, 700 mil pessoas foram afetadas no centro do país (Zander Casas/Reuters)

Pessoa passa por área destruída pelo tufão Haiyan, nas Filipinas: segundo o último balanço das autoridades, 700 mil pessoas foram afetadas no centro do país (Zander Casas/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 09h03.

Manila - Pelo menos três pessoas morreram e milhares foram evacuadas nas Filipinas perante a chegada do tufão "Haiyan", considerado o mais potente de 2013 e que nesta sexta-feira tocou terra no arquipélago com rajadas de vento de até 275 km/h.

Segundo o último balanço das autoridades, 700 mil pessoas foram afetadas no centro do país, onde as tempestades que acompanham o fenômeno causaram cortes elétricos, cancelamento de voos, fechamento dos aeroportos e, inclusive, a suspensão das aulas em inúmeros colégios.

O Conselho Nacional de Gestão e Redução de Desastres indicou que duas pessoas morreram eletrocutadas depois que o tufão tombasse várias linhas elétricas, enquanto a terceira vítima morreu após ser atingida por um poste de luz.

Além disso, pelo menos outras sete pessoas ficaram feridas, a maior parte pela queda de objetos, informou o porta-voz do organismo filipino, Reynaldo Balido, em entrevista coletiva.

A agência governamental também indicou que o tufão "Haiyan", que devastou grande parte da vegetação da zona litoral e arrastou várias casas, fez com que 125 mil pessoas de 22 províncias filipinas buscassem refugio em 109 centros de evacuação do país.

O tufão, batizado como Yolanda pelos organismos filipinos, tocou terra por volta das 4h30 locais (18h30 da quinta-feira, no horário de Brasília) na província de Leyte, na cidade de Guiuan, no centro das Filipinas, e cruzou o país.

Segundo o Conselho, 13 províncias se encontram em alerta vermelha pela passagem do tufão, de cerca de 600 quilômetros de diâmetro.

Desde a última quarta-feira, o governo filipino realiza trabalhos preventivos com a distribuição de embarcações de resgate, materiais de emergência e o remanejamento de médicos em zonas estratégicas.


O "Haiyan", qualificado por agências meteorológicas americanas e filipinas como um "supertufão", por ter alcançado ventos sustentados de mais de 240 km/h, deixou as zonas de Samar e Leyte incomunicáveis após ter causados danos nas infraestruturas telefônicas.

Estas duas províncias também ficaram sem eletricidade, assim como a ilha de Bohol, onde há menos de um mês um terremoto de 7,2 graus de magnitude deixou mais de 220 mortos e extensos danos nas infraestruturas.

A ministra de Bem-estar e Desenvolvimento das Filipinas, Dinky Soliman, assegurou à emissora local "ANC" que se espera que o supertufão, qualificado como "um dos piores da história" pela imprensa local, afete 7,9 milhões de famílias.

Desta forma, para atenuar a situação, o Ministério habilitou 562 centros de evacuação e 27,5 mil cestas básicas, informou o Conselho Nacional de Gestão e Redução de Desastres na entrevista coletiva.

O Ministério de Transportes, por sua parte, apontou que mais de 450 voos foram cancelados, 8 deles internacionais, e que 13 aeroportos do país foram obrigados a fechar suas portas.

Já a guarda costeira assinalou que 3 mil pessoas ficaram impossibilitadas de sair de vários portos marítimos da região afetada pelo tufão, enquanto o Ministério da Educação trabalha com uma previsão de 7,3 mil colégios afetados.

De acordo com a agência meteorológica das Filipinas (PAGASA), o tufão "Haiyan", que avança rapidamente a uma velocidade de 40 km/ h, deverá deixar o território filipino ainda nesta noite, entre as 20h e 22h locais. No entanto, o supertufão só deixará a zona de responsabilidade marítima do país amanhã de manhã.

Devido à rapidez em que se movimenta o tufão, o 24ª que chega às Filipinas neste ano, os trabalhos de limpeza já foram iniciados na região de Visayas Oriental, onde ele teria tocado primeiramente.

A temporada de tufões nas Filipinas, que começa geralmente em junho e só acaba em novembro, registra todos os anos a passagem de entre 15 e 20 tufões.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisFilipinasTufões

Mais de Mundo

Donald Trump nomeia Susie Wiles como chefe de gabinete

Milei terá encontro com Trump na semana que vem nos Estados Unidos

Setores democratas atribuem derrota de Kamala à demora de Biden para desistir da disputa

Pelúcias inspiradas na cultura chinesa viralizam e conquistam o público jovem