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Suíça examina 133 transações suspeitas das próximas Copas

Trata-se de um aumento em relação aos 103 casos que a procuradoria relatou em agosto em sua investigação sobre a suposta corrupção na Fifa

Copas de 2018 e 2022: a Rússia e o Catar negaram quaisquer irregularidades (Reprodução/Twitter/FIFAWorldCup)
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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 11h24.

Zurique - Autoridades da Suíça estão analisando 133 relatórios de atividades financeiras suspeitas relacionadas à concessão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 a Rússia e Catar, informou a Procuradoria-Geral da Suíça nesta segunda-feira.

Trata-se de um aumento em relação aos 103 casos que a procuradoria relatou em agosto em sua investigação sobre a suposta corrupção na Fifa, cuja sede se localiza em Zurique.

A Rússia e o Catar, um pequeno país desértico sem tradição no futebol e onde as temperaturas podem ultrapassar 40 graus Celsius durante o dia, negaram quaisquer irregularidades.

Por email, a porta-voz da procuradoria respondeu a uma pergunta da Reuters declarando que os informes sobre atividades suspeitas partiram de uma unidade de inteligência financeira chamada Escritório de Informes sobre Lavagem de Dinheiro da Suíça.

"Estes relatórios estão relacionados aos procedimentos criminais em curso no tocante à alocação das Copas do Mundo de 2018 e 2022", acrescentou.

Procuradores-gerais dos Estados Unidos estão realizando uma investigação paralela sobre as práticas financeiras da Fifa e indiciaram 27 dirigentes esportivos acusados de esquemas de pagamento de propina por direitos de marketing e de transmissão de eventos de futebol. Doze pessoas e duas empresas de marketing esportivo foram condenadas.

Entre os indiciados estão o presidente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, e os ex-presidentes da entidade Ricardo Teixeira e José Maria Marin, que foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos para responder à acusação.

O inquérito norte-americano ainda analisa o fluxo de dinheiro suspeito através do sistema bancário.

O jornal Financial Times relatou que os promotores ameaçam punir os bancos por não informarem sobre as atividades suspeitas em contas ligadas à Fifa.

Prestando assistência legal a pedido dos EUA, autoridades de justiça da Suíça concordaram em compartilhar dados bancários com os promotores norte-americanos em cinco casos, segundo o porta-voz do Escritório Federal de Justiça em Berna.

Nenhuma informação ainda trocou de mãos, porque os correntistas apelaram da decisão.

Os nomes dos correntistas e dos bancos envolvidos e a quantidade de dinheiro congelado não foram divulgados.

Os indiciamentos do Departamento de Justiça dos EUA indicam que os conspiradores fizeram transferências para contas em pelo menos dois bancos de Zurique: o Julius Baer BAER.VX e a agência suíça do Bank Hapoalim BM POLI.TA de Israel.

Grandes bancos da Suíça, como o UBS  e o Crédit Suisse , afirmam ter sido questionados pelas autoridades a respeito de seus relacionamentos com certas pessoas e entidades ligadas à Fifa e que estão cooperando.

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Zurique - Autoridades da Suíça estão analisando 133 relatórios de atividades financeiras suspeitas relacionadas à concessão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 a Rússia e Catar, informou a Procuradoria-Geral da Suíça nesta segunda-feira.

Trata-se de um aumento em relação aos 103 casos que a procuradoria relatou em agosto em sua investigação sobre a suposta corrupção na Fifa, cuja sede se localiza em Zurique.

A Rússia e o Catar, um pequeno país desértico sem tradição no futebol e onde as temperaturas podem ultrapassar 40 graus Celsius durante o dia, negaram quaisquer irregularidades.

Por email, a porta-voz da procuradoria respondeu a uma pergunta da Reuters declarando que os informes sobre atividades suspeitas partiram de uma unidade de inteligência financeira chamada Escritório de Informes sobre Lavagem de Dinheiro da Suíça.

"Estes relatórios estão relacionados aos procedimentos criminais em curso no tocante à alocação das Copas do Mundo de 2018 e 2022", acrescentou.

Procuradores-gerais dos Estados Unidos estão realizando uma investigação paralela sobre as práticas financeiras da Fifa e indiciaram 27 dirigentes esportivos acusados de esquemas de pagamento de propina por direitos de marketing e de transmissão de eventos de futebol. Doze pessoas e duas empresas de marketing esportivo foram condenadas.

Entre os indiciados estão o presidente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, e os ex-presidentes da entidade Ricardo Teixeira e José Maria Marin, que foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos para responder à acusação.

O inquérito norte-americano ainda analisa o fluxo de dinheiro suspeito através do sistema bancário.

O jornal Financial Times relatou que os promotores ameaçam punir os bancos por não informarem sobre as atividades suspeitas em contas ligadas à Fifa.

Prestando assistência legal a pedido dos EUA, autoridades de justiça da Suíça concordaram em compartilhar dados bancários com os promotores norte-americanos em cinco casos, segundo o porta-voz do Escritório Federal de Justiça em Berna.

Nenhuma informação ainda trocou de mãos, porque os correntistas apelaram da decisão.

Os nomes dos correntistas e dos bancos envolvidos e a quantidade de dinheiro congelado não foram divulgados.

Os indiciamentos do Departamento de Justiça dos EUA indicam que os conspiradores fizeram transferências para contas em pelo menos dois bancos de Zurique: o Julius Baer BAER.VX e a agência suíça do Bank Hapoalim BM POLI.TA de Israel.

Grandes bancos da Suíça, como o UBS  e o Crédit Suisse , afirmam ter sido questionados pelas autoridades a respeito de seus relacionamentos com certas pessoas e entidades ligadas à Fifa e que estão cooperando.

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