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Suécia vota hoje, domingo, 11, para novo Parlamento: quem está na frente?

Disputa deve ser apertada; atual primeira-ministra Magdalena Andersson tem ligeira vantagem, segundo pesquisas

A primeira-ministra Magdalena Andersson: eleição disputada (Thierry Monasse/Getty Images/Getty Images)

A primeira-ministra Magdalena Andersson: eleição disputada (Thierry Monasse/Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 11 de setembro de 2022 às 14h49.

Última atualização em 11 de setembro de 2022 às 14h50.

Os suecos comparecem às urnas neste domingo (11) para decidir se irão se tornar outro país europeu com um governo apoiado pela extrema-direita ou se concedem um terceiro mandato à esquerda, após uma campanha dominada por temas como criminalidade e inflação.

O partido nacionalista anti-imigração Democratas da Suécia (SD), por muito tempo considerado um pária político no país e com possibilidade de ser o segundo mais votado, de acordo com as pesquisas, pode ser decisivo em um possível acordo com a direita tradicional no Parlamento e, portanto, para formar o governo.

A atual primeira-ministra, a social-democrata Magdalena Andersson, se aliou aos partidos verdes e de esquerda em busca de permanecer no cargo por um mandato de quatro anos.

Mas a campanha foi dominada por temas favoráveis à oposição de direita, como a criminalidade, os problemas de integração e o aumento do preço da energia, entre outros.

A popularidade de Andersson, com um índice de confiança superior ao de seu opositor conservador Ulf Kristersson, assim como o medo dos eleitores centristas de ver a extrema-direita nas esferas de poder, podem fazer pender a balança a favor da esquerda.

As cinco pesquisas do país dão uma leve vantagem ao campo vermelho-verde, mas dentro das margens de erro.

De acordo com as últimas pesquisas, o bloco liderado pelos social-democratas, principal partido da Suécia desde a década de 1930, obteria entre 49,6% e 51,6% dos votos.

A aliança dos partidos de direita - formada pelos partidos Moderado, Democrata Cristão, Popular Liberal e Democratas da Suécia - alcançaria de 47,6% a 49,4%.

"Está muito, muito apertado", disse a primeira-ministra ao deixar sua seção eleitoral.

Nas últimas duas semanas de campanha, o SD, liderado pela quinta vez consecutiva por Jimmie Åkesson, superou os Moderados nas intenções de votos, um fato histórico para o partido.

"Esperamos estar no governo", declarou Åkesson, enquanto esperava para votar em Estocolmo. Sua prioridade número um, ele prometeu, seria "reduzir a criminalidade".

"Meu país mudou completamente, embora seja talvez o mais seguro do mundo", disse  à AFP Ulrika, de 56 anos, eleitora do SD, atribuindo essa mudança "às outras culturas que chegam ao país".

O cargo de primeiro-ministro na Suécia, tradicionalmente, cabe ao primeiro partido da aliança vencedora. No entanto, as formações da direita tradicional são hesitam em ter ministros do SD, e mais ainda a deixá-los liderar o governo.

O bloco de esquerda também tem suas divisões internas, então as negociações podem prolongar a formação de um governo de coalizão.

349 assentos

Uma vitória da direita, agora apoiada pela extrema-direita, abriria uma nova era política para a Suécia.

Por outro lado, uma nova vitória da esquerda, prejudicaria a estratégia de aproximação da direita com o SD, que terminaria as eleições sem força na oposição.

Em jogo estão 349 assentos, num sistema de representação proporcional onde apenas os partidos com mais de 4% obtêm representação.

Cerca de 7,5 milhões de eleitores - de 10,3 milhões de habitantes - são esperados para votar, embora a eleição já tenha começado com votação antecipada.

Os colégios eleitorais voto abriram às 08h00, hora local, e encerrarão às 20h00 (15h00,em Brasília), quando são esperadas duas pesquisas de boca de urna. Os resultados parciais mais confiáveis devem estar disponíveis duas horas depois.

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