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Suécia afirma que abriga quase 2 mil extremistas islâmicos

Segundo o governo sueco, o dado representa um aumento de quase 10 vezes em menos de uma década

Terrorismo: Suécia está em alerta desde que um cidadão uzbeque utilizou um caminhão roubado para atropelar pedestres em uma rua comercial de Estocolmo (Noella Johansson/Reuters)
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AFP

Publicado em 3 de julho de 2017 às 10h24.

A Suécia tem quase 2.000 extremistas islâmicos em seu território, informou o chefe do serviço de inteligência do país nórdico nesta segunda-feira, dado que representa um aumento de quase 10 vezes em menos de uma década.

Anders Thornberg, diretor do Serviço de Segurança Sueco (Säpo), atribuiu o aumento principalmente à sofisticada máquina de propaganda do grupo Estado Islâmico (EI).

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Apesar de "poucos extremistas" possuírem "a vontade e a capacidade" de executar atentados, devem ser encontrados e monitorados de perto, informou Thornberg.

"É importante que todos na Suécia assumam a responsabilidade de deter esta tendência... antes que vejamos um atentado ou um ato de violência", explicou Thornberg à agência de notícias sueca TT.

A Suécia está em alerta desde que um cidadão uzbeque, que havia demonstrado sinais de simpatia por grupos jihadistas, incluindo o EI, utilizou um caminhão roubado para atropelar pedestres em uma rua comercial de Estocolmo em 7 de abril. Cinco pessoas morreram e 15 ficaram feridas no ataque.

Nos últimos anos, a Europa sofreu uma série de atentados terroristas, incluindo ataques de grande escala como os de Paris, Bruxelas e Berlim.

Thornberg destacou que dos quase 3.000 extremistas violentos que residem atualmente na Suécia, 2.000 tem motivações islamitas. Os demais procedem de movimentos de extrema-direita ou extrema-esquerda.

Um relatório do Säpo de 2010 calculava que o número de extremistas islâmicos violentos no país escandinavo era de 200.

O Serviço de Segurança Sueco informou há alguns meses que quase 300 cidadãos do país viajaram para a Síria e/ou Iraque para integrar o EI desde 2012. De acordo com as autoridades, 140 retornaram à Suécia e 50 faleceram no exterior.

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