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Sudão do Sul acusa ONU de querer restaurar colonialismo

O porta-voz do Executivo afirmou que instituições usam países da região para gerar crise com o objetivo de "restaurar o colonialismo no Sudão do Sul"

Sudão do Sul: "Devem entender que o Sudão do Sul não é o único país onde há movimentos armados (rebeldes)" (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 10h33.

Juba - O governo sul-sudanês acusou nesta terça-feira a ONU e a Autoridade Intergovernamental de Desenvolvimento (Igad) - que medeia o conflito no país - de colaborar com setores estrangeiros para restaurar o colonialismo no Sudão do Sul.

O ministro da Informação e porta-voz do Executivo, Michael Makuei Lueth, afirmou em entrevista coletiva que ambas instituições utilizam "a equivocada fórmula" de usar países da região e suas organizações para gerar mais problemas e crise com o objetivo de "restaurar o colonialismo no Sudão do Sul".

Além disso, acrescentou que Juba se aliou à Igad de forma voluntária, por isso que também pode sair dela quando decidir.

"Devem entender que o Sudão do Sul não é o único país onde há movimentos armados (rebeldes)", disse.

O ministro acrescentou que "a Igad deve trabalhar para restaurar a paz em qualquer país-membro e ajudá-los, embora não mediante à intervenção militar, porque isso não ajudará a solucionar o problema".

Além disso, ressaltou que o governo segue estando comprometido com a aplicação do acordo de paz, assinado em agosto de 2015, embora agora com o novo vice-presidente, Taban Deng Gai.

Nesse sentido, disse que esse convênio não pertence ao antigo vice-presidente e líder da oposição, Riek Machar, por isso que o governo vai negociar com Deng Gai, por considerá-lo o novo primeiro vice-presidente.

Também especificou que seu Executivo tratará Machar como um rebelde contra o governo.

"A oposição armada está dividida em duas partes: a de Machar e a do rumo que segue o general Deng Gai. Esta é a parte que nós reconhecemos", acrescentou Lueth.

Por outra parte, Lueth minimizou a importância das ameaças lançadas por Machar desde seu esconderijo, quando disse que suas forças atacarão Juba nos próximos dias.

O ministro considerou essas ameaças como um tipo de propaganda que tem o objetivo de "gerar temor na população".

O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e Machar formaram um governo de união nacional em abril, como estabelecia o acordo de paz de 2015, que devolveu a Machar seu posto de primeiro vice-presidente.

Em paradeiro desconhecido desde meados de julho, após dias de novos enfrentamentos que deixaram pelo menos 300 mortos, Machar foi substituído como vice-presidente no dia 25 por Deng Gai, nomeado por Kiir.

Em recente entrevista à rede de televisão catariano "Al Jazeera", Machar rejeitou a nomeação de Deng Gai, reivindicou a vaga de primeiro vice-presidente do governo sul-sudanês e reconheceu que está refugiado nos arredores de Juba.

O conflito entre ambos líderes explodiu no final de dezembro de 2013 depois que Kiir, da etnia dinka, denunciou uma tentativa de golpe de Estado por parte de Machar, pertencente à tribo nuer.

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Juba - O governo sul-sudanês acusou nesta terça-feira a ONU e a Autoridade Intergovernamental de Desenvolvimento (Igad) - que medeia o conflito no país - de colaborar com setores estrangeiros para restaurar o colonialismo no Sudão do Sul.

O ministro da Informação e porta-voz do Executivo, Michael Makuei Lueth, afirmou em entrevista coletiva que ambas instituições utilizam "a equivocada fórmula" de usar países da região e suas organizações para gerar mais problemas e crise com o objetivo de "restaurar o colonialismo no Sudão do Sul".

Além disso, acrescentou que Juba se aliou à Igad de forma voluntária, por isso que também pode sair dela quando decidir.

"Devem entender que o Sudão do Sul não é o único país onde há movimentos armados (rebeldes)", disse.

O ministro acrescentou que "a Igad deve trabalhar para restaurar a paz em qualquer país-membro e ajudá-los, embora não mediante à intervenção militar, porque isso não ajudará a solucionar o problema".

Além disso, ressaltou que o governo segue estando comprometido com a aplicação do acordo de paz, assinado em agosto de 2015, embora agora com o novo vice-presidente, Taban Deng Gai.

Nesse sentido, disse que esse convênio não pertence ao antigo vice-presidente e líder da oposição, Riek Machar, por isso que o governo vai negociar com Deng Gai, por considerá-lo o novo primeiro vice-presidente.

Também especificou que seu Executivo tratará Machar como um rebelde contra o governo.

"A oposição armada está dividida em duas partes: a de Machar e a do rumo que segue o general Deng Gai. Esta é a parte que nós reconhecemos", acrescentou Lueth.

Por outra parte, Lueth minimizou a importância das ameaças lançadas por Machar desde seu esconderijo, quando disse que suas forças atacarão Juba nos próximos dias.

O ministro considerou essas ameaças como um tipo de propaganda que tem o objetivo de "gerar temor na população".

O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e Machar formaram um governo de união nacional em abril, como estabelecia o acordo de paz de 2015, que devolveu a Machar seu posto de primeiro vice-presidente.

Em paradeiro desconhecido desde meados de julho, após dias de novos enfrentamentos que deixaram pelo menos 300 mortos, Machar foi substituído como vice-presidente no dia 25 por Deng Gai, nomeado por Kiir.

Em recente entrevista à rede de televisão catariano "Al Jazeera", Machar rejeitou a nomeação de Deng Gai, reivindicou a vaga de primeiro vice-presidente do governo sul-sudanês e reconheceu que está refugiado nos arredores de Juba.

O conflito entre ambos líderes explodiu no final de dezembro de 2013 depois que Kiir, da etnia dinka, denunciou uma tentativa de golpe de Estado por parte de Machar, pertencente à tribo nuer.

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