Mundo

Strugeon enviará carta a May para pedir referendo

Se o governo britânico se recusar a iniciar negociação para novo referendo de independência, a dirigente deve expor no parlamento escocês um novo plano

Sturgeon: em 2014, a Escócia realizou um primeiro referendo sobre a independência, no qual 55,3% dos participantes votaram por permanecer no Reino Unido (Russell Cheyne/Reuters)

Sturgeon: em 2014, a Escócia realizou um primeiro referendo sobre a independência, no qual 55,3% dos participantes votaram por permanecer no Reino Unido (Russell Cheyne/Reuters)

E

EFE

Publicado em 30 de março de 2017 às 17h31.

Londres - A ministra principal da Escócia, a nacionalista Nicola Sturgeon, enviará uma carta à primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, para reivindicar de forma oficial um novo referendo de independência, anunciou nesta quinta-feira o governo autônomo escocês.

O Executivo escocês divulgou uma fotografia na qual aparece a ministra principal "trabalhando na minuta final" dessa carta, na qual pedirá ao governo britânico competências para convocar uma consulta entre o outono de 2018 e a primavera de 2019.

O parlamento autônomo de Holyrood (Edimburgo) aprovou na terça-feira uma moção que empraza o Executivo de Sturgeon a iniciar uma negociação com May, que, por sua parte, já antecipou que acredita que este "não é o momento" de um referendo.

A expectativa é que Sturgeon faça a carta chegar amanhã a Downing Street, residência e escritório oficial da primeira-ministra conservadora em Londres.

Se o governo britânico se recusar a iniciar negociações sobre uma nova consulta, como indicou nesta semana o ministro para a Escócia, David Mundell, a dirigente nacionalista deve expor no parlamento escocês, após o recesso de Semana Santa, um novo plano para "cumprir com a vontade" dessa câmara.

Na terça-feira, Sturgeon afirmou que os escoceses "devem ter direito a escolher entre o 'Brexit' - possivelmente um 'Brexit' muito duro - ou se transformar em um país independente, capaz de traçar seu próprio caminho".

May, por sua parte, ressaltou que este é o momento de estar "unidos" diante das complexas negociações que começarão em Bruxelas sobre as condições de saída da União Europeia (UE).

Ontem, a primeira-ministra notificou à UE, também por meio de uma carta, a intenção de deixar o bloco, um processo que durará, pelo menos, dois anos.

Após a votação de terça-feira em Holyrood, o ministro para a Escócia do governo britânico adiantou que Londres "não entrará em nenhum tipo de negociação até que o processo do 'Brexit' tenha se completado".

Em setembro de 2014, a Escócia realizou um primeiro referendo sobre a independência, no qual 55,3% dos participantes votaram por permanecer no Reino Unido.

Acompanhe tudo sobre:BrexitEscóciaReferendoReino Unido

Mais de Mundo

Câmara dos EUA evita paralisação do governo com aprovação de pacote emergencial de financiamento

Maduro propõe reforma constitucional para reforçar controle político na Venezuela

Atropelamento em feira de Natal na Alemanha mata duas pessoas e caso é investigado como terrorismo

Portugal aprova lei que facilita pedido de residência para brasileiros