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Strauss-Kahn deixará a prisão nesta sexta-feira

Acusado de abuso sexual, o ex-diretor do FMI deve ser liberado após o pagamento de uma fiança milionária

Strauss-Kanh, de 72 anos, nega todas as acusações e será julgado em 6 de junho (Richard Drew/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 12h19.

Nova York - O ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, deve ser liberado nesta sexta-feira após o pagamento de uma fiança milionária. Será a primeira vez que o francês, acusado de agressão sexual, se encontrará com sua família desde que foi preso sábado em Nova York.

Strauss-Kahn conseguiu na quinta-feira que um tribunal de Nova York concedesse liberdade condicional em troca do pagamento de um milhão de dólares em dinheiro e uma caução de cinco milhões. Além disso, ele será monitorado 24 horas com uma tornozeleira eletrônica e deverá entregar seu passaporte e todos os documentos de viagem, ficando sob prisão domiciliar em Manhattan.

O agora ex-diretor-gerente do FMI - que renunciou ao cargo na quinta-feira - foi acusado formalmente de tentativa de estupro e agressão sexual contra uma camareira de um hotel de NY.

Em uma audiência realizada na segunda-feira estiveram presentes sua mulher e sua filha, Camille, ambas muito emocionadas. Strauss-Kahn responderá por sete acusações apresentadas pela promotoria.

"São acusações extremamente graves", alertou o promotor Cyrus Vance ao final da audiência realizada no Tribunal Penal de Nova York.

Caso seja declarado culpado, Strauss-Kahn - cuja prisão abalou o Partido Socialista Francês, que pretendia lançá-lo como candidato nas eleições presidenciais de 2012 - pode ser condenado a até 74 anos de prisão.

Strauss-Kanh, de 72 anos, nega todas as acusações e será julgado em 6 de junho.


"É um grande alívio", disse um de seus advogados, William Taylor, ao referir-se à sua liberdade. "A situação agora é muito melhor do que quando começamos", acrescentou.

Os investigadores dizem ter provas físicas - incluindo um exame médico efetuado imediatamente após a denúncia - que comprovariam a tentativa de estupro.

De acordo com seu depoimento, a camereira teria entrado no quarto do hotel acreditando que ele estava vazio, mas Strauss-Kahn estava no banheiro tomando banho. Ao sair, ele "a cercou por trás e a tocou de maneira inconveniente" e "a obrigou a cometer um ato sexual", alegam.

Strauss-Kahn deixou o hotel rapidamente, mas acabou sendo detido a bordo de um avião quando tentava voltar à França.

A União Européia (UE), decidida a manter um europeu a frente do FMI, defende a candidatura da francesa Christine Lagarde, ainda que a lista de postulantes ao cargo seja grande e desperte o interesse dos países emergentes.

A Europa é o principal financiador do FMI e a tradição mostra que o cargo de diretor-gerente sempre esteve reservado a europeus desde a sua criação em 1944, enquanto que aos Estados Unidos é reservado a liderança do Banco Mundial.

No entanto, países como Brasil, China e México declararam nesta semana que as regras do jogo devem ser mudadas, pedindo para que se leve em consideração os méritos e não a nacionalidade na hora de escolher quem irá substituir Strauss-Kahn.

O secretário de Fazenda do México, Ernesto Cordero, se pronunciou a favor de Agustín Carstens, diretor do Banco do México, para o cargo.

Ao mesmo tempo, o também mexicano Angel Gurría, secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), afirmou nesta sexta-feira em Paris que chegou a hora de um não europeu assumir a direção do FMI.

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Nova York - O ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, deve ser liberado nesta sexta-feira após o pagamento de uma fiança milionária. Será a primeira vez que o francês, acusado de agressão sexual, se encontrará com sua família desde que foi preso sábado em Nova York.

Strauss-Kahn conseguiu na quinta-feira que um tribunal de Nova York concedesse liberdade condicional em troca do pagamento de um milhão de dólares em dinheiro e uma caução de cinco milhões. Além disso, ele será monitorado 24 horas com uma tornozeleira eletrônica e deverá entregar seu passaporte e todos os documentos de viagem, ficando sob prisão domiciliar em Manhattan.

O agora ex-diretor-gerente do FMI - que renunciou ao cargo na quinta-feira - foi acusado formalmente de tentativa de estupro e agressão sexual contra uma camareira de um hotel de NY.

Em uma audiência realizada na segunda-feira estiveram presentes sua mulher e sua filha, Camille, ambas muito emocionadas. Strauss-Kahn responderá por sete acusações apresentadas pela promotoria.

"São acusações extremamente graves", alertou o promotor Cyrus Vance ao final da audiência realizada no Tribunal Penal de Nova York.

Caso seja declarado culpado, Strauss-Kahn - cuja prisão abalou o Partido Socialista Francês, que pretendia lançá-lo como candidato nas eleições presidenciais de 2012 - pode ser condenado a até 74 anos de prisão.

Strauss-Kanh, de 72 anos, nega todas as acusações e será julgado em 6 de junho.


"É um grande alívio", disse um de seus advogados, William Taylor, ao referir-se à sua liberdade. "A situação agora é muito melhor do que quando começamos", acrescentou.

Os investigadores dizem ter provas físicas - incluindo um exame médico efetuado imediatamente após a denúncia - que comprovariam a tentativa de estupro.

De acordo com seu depoimento, a camereira teria entrado no quarto do hotel acreditando que ele estava vazio, mas Strauss-Kahn estava no banheiro tomando banho. Ao sair, ele "a cercou por trás e a tocou de maneira inconveniente" e "a obrigou a cometer um ato sexual", alegam.

Strauss-Kahn deixou o hotel rapidamente, mas acabou sendo detido a bordo de um avião quando tentava voltar à França.

A União Européia (UE), decidida a manter um europeu a frente do FMI, defende a candidatura da francesa Christine Lagarde, ainda que a lista de postulantes ao cargo seja grande e desperte o interesse dos países emergentes.

A Europa é o principal financiador do FMI e a tradição mostra que o cargo de diretor-gerente sempre esteve reservado a europeus desde a sua criação em 1944, enquanto que aos Estados Unidos é reservado a liderança do Banco Mundial.

No entanto, países como Brasil, China e México declararam nesta semana que as regras do jogo devem ser mudadas, pedindo para que se leve em consideração os méritos e não a nacionalidade na hora de escolher quem irá substituir Strauss-Kahn.

O secretário de Fazenda do México, Ernesto Cordero, se pronunciou a favor de Agustín Carstens, diretor do Banco do México, para o cargo.

Ao mesmo tempo, o também mexicano Angel Gurría, secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), afirmou nesta sexta-feira em Paris que chegou a hora de um não europeu assumir a direção do FMI.

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