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Sting chama líderes mundiais de covardes sobre crise migratória

Segundo cantor, política de separar famílias é "brutal" e "cruel"

Imigrantes conseguem entrar na Itália depois de dias de espera no mar  (Jon Nazca/Reuters)

Imigrantes conseguem entrar na Itália depois de dias de espera no mar (Jon Nazca/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de junho de 2018 às 12h08.

Última atualização em 23 de junho de 2018 às 12h16.

Atenas - O cantor e ator britânico Sting chamou líderes mundiais de "meio homens e covardes" neste sábado por conta da falta de habilidade deles em resolver a crise dos refugiados.

A chanceler alemã, Angela Merkel, já minimizou as expectativas de que se possa encontrar uma solução para o tema na reunião deste domingo, organizada às pressas, entre líderes da União Europeia (UE) para discutir as desavenças sobre migração que dividem a Europa e ameaçam o seu próprio governo.

O vice-chanceler da Áustria, Heinz-Christian Strache, afirmou neste sábado que espera uma reação em cadeia pela UE se a Alemanha fechar as suas fronteiras para os refugiados.

Políticas imigratórias também estão no centro das atenções nos EUA.

"Graças a Deus pela Grécia, porque vocês têm mostrado como se faz", afirmou Sting num evento da Anistia Internacional em Atenas.

"Vocês mostraram como se trata refugiados, quando outras pessoas estão construindo muros. Quando crianças são tiradas das suas mães e colocadas em jaulas, vocês estão agindo com compaixão, generosidade e bom senso", disse ele.

"Pois os nossos chamados líderes, um desfile triste de meio homens, covardes, não têm a solução. Mais uma vez a Grécia nos mostra como é ser civilizado."

Quase 1 milhão de refugiados tiveram apoio da Grécia em 2015, quando o país lidava com uma grave crise financeira.

O presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou na quarta-feira a política de separar crianças migrantes de seus pais na fronteira com o México, depois que imagens de crianças em jaulas provocaram revolta no país e no exterior.

Sting disse à Reuters que a política de separar famílias era "brutal" e "cruel".

O ex-líder da banda The Police estava em Atenas para dois shows de turnê mundial.

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