Filha de Raúl Castro discursa nos EUA sobre sexualidade, mas foge da imprensa
A sobrinha do líder revolucionário Fidel Castro abordou os esforços pela luta dos direitos dos homossexuais em Cuba desde a década de 1960
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2012 às 21h46.
San Francisco - Mariela Castro, filha do presidente cubano, Raúl Castro, proferiu nesta quinta-feira uma palestra sobre diversidade sexual a uma plateia de aproximadamente 100 pessoas em San Francisco, nos Estados Unidos, mas se negou a responder a perguntas da imprensa.
'Não vou dar entrevistas, vim trabalhar', limitou-se a dizer Mariela quando interpelada por pelo menos dois jornalistas, momento em que um segurança empurrou um cinegrafista presente no local.
Membros de sua equipe disseram à Agência Efe que Mariela também não falou com a imprensa em dias anteriores e que todos seus comentários, inclusive os políticos, foram respostas a perguntas feitas por participantes cadastrados no evento.
O discurso de Mariela faz parte de um evento maior organizado pela Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa) em um hotel de San Francisco.
A sobrinha do líder revolucionário Fidel Castro abordou os esforços pela luta dos direitos dos homossexuais em Cuba desde a década de 1960 até a situação atual.
'Atualmente, a Federação de Mulheres Cubanas, junto à união de juristas de Cuba e outras instituições, defende um anteprojeto de lei que modifica o código de família aprovado em 1975, no qual se inclui uma cláusula sobre o respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero, que inclui o reconhecimento legal aos casais de mesmo sexo', declarou Mariela.
'Todo o cenário da revolução dos anos 1960, todo esse paradigma emancipador de busca de justiça plena, veio estabelecendo as bases e o desenvolvimento profissional de jovens e novas instituições, recursos que foram chegando a Cuba para tratar uma realidade que, no mundo científico ou político, não estava bem articulada', declarou.
Mariela está na cidade californiana desde terça-feira para participar de reuniões universitárias, de um fórum de médicos e de um colóquio organizado pelo movimento de gays, lésbicas e transexuais.
Na quarta-feira, a filha do presidente cubano, de 50 anos, diretora do Centro Nacional para a Educação Sexual em Cuba, denunciou a 'máfia de emigrados cubanos' que impedem, em sua opinião, que os americanos visitem livremente a ilha caribenha.
Segundo a imprensa americana, ela disse que votaria em Barack Obama para presidente dos Estados Unidos, especialmente depois que o líder americano se pronunciou a favor do casamento homossexual.
'Acho que é algo em que ele realmente acredita. Se eu fosse cidadã americana, votaria em Obama para presidente', declarou Mariela. 'Acho que ele é sincero e fala com o coração'.
Mariela Castro ganhou as manchetes de imprensa ao receber um visto do governo americano, apesar das conflituosas relações EUA-Cuba, para participar do 30º Congresso da Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa), que termina no sábado.
A decisão dos EUA de conceder visto a ela causou grande polêmica entre certos grupos, especialmente entre membros da campanha do provável rival republicano de Obama nas eleições de novembro, Mitt Romney.
'Não devemos estender a mão a um regime dedicado à sistemática e flagrante privação dos direitos humanos básicos', disse Romney recentemente, ao criticar o governo de Raúl Castro. 'Enquanto o regime cubano mantiver a repressão feroz contra dissidentes e continuar prendendo de forma injusta um de nossos cidadãos, Alan Gross, a Administração de Obama não pode dar as boas-vindas à filha de um ditador'.
O democrata Scott Weiner, supervisor do distrito 8 de San Francisco e um dos patrocinadores da visita de Mariela Castro, comentou à Agência Efe que 'isso não tem nada a ver com a política nacional', mas se trata de 'um evento local' com 'uma mulher que apoia a comunidade de gays, lésbicas e transexuais em Cuba'.
Na próxima terça-feira, Mariela participará em Nova York de outra conferência sobre direitos dos homossexuais.
San Francisco - Mariela Castro, filha do presidente cubano, Raúl Castro, proferiu nesta quinta-feira uma palestra sobre diversidade sexual a uma plateia de aproximadamente 100 pessoas em San Francisco, nos Estados Unidos, mas se negou a responder a perguntas da imprensa.
'Não vou dar entrevistas, vim trabalhar', limitou-se a dizer Mariela quando interpelada por pelo menos dois jornalistas, momento em que um segurança empurrou um cinegrafista presente no local.
Membros de sua equipe disseram à Agência Efe que Mariela também não falou com a imprensa em dias anteriores e que todos seus comentários, inclusive os políticos, foram respostas a perguntas feitas por participantes cadastrados no evento.
O discurso de Mariela faz parte de um evento maior organizado pela Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa) em um hotel de San Francisco.
A sobrinha do líder revolucionário Fidel Castro abordou os esforços pela luta dos direitos dos homossexuais em Cuba desde a década de 1960 até a situação atual.
'Atualmente, a Federação de Mulheres Cubanas, junto à união de juristas de Cuba e outras instituições, defende um anteprojeto de lei que modifica o código de família aprovado em 1975, no qual se inclui uma cláusula sobre o respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero, que inclui o reconhecimento legal aos casais de mesmo sexo', declarou Mariela.
'Todo o cenário da revolução dos anos 1960, todo esse paradigma emancipador de busca de justiça plena, veio estabelecendo as bases e o desenvolvimento profissional de jovens e novas instituições, recursos que foram chegando a Cuba para tratar uma realidade que, no mundo científico ou político, não estava bem articulada', declarou.
Mariela está na cidade californiana desde terça-feira para participar de reuniões universitárias, de um fórum de médicos e de um colóquio organizado pelo movimento de gays, lésbicas e transexuais.
Na quarta-feira, a filha do presidente cubano, de 50 anos, diretora do Centro Nacional para a Educação Sexual em Cuba, denunciou a 'máfia de emigrados cubanos' que impedem, em sua opinião, que os americanos visitem livremente a ilha caribenha.
Segundo a imprensa americana, ela disse que votaria em Barack Obama para presidente dos Estados Unidos, especialmente depois que o líder americano se pronunciou a favor do casamento homossexual.
'Acho que é algo em que ele realmente acredita. Se eu fosse cidadã americana, votaria em Obama para presidente', declarou Mariela. 'Acho que ele é sincero e fala com o coração'.
Mariela Castro ganhou as manchetes de imprensa ao receber um visto do governo americano, apesar das conflituosas relações EUA-Cuba, para participar do 30º Congresso da Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa), que termina no sábado.
A decisão dos EUA de conceder visto a ela causou grande polêmica entre certos grupos, especialmente entre membros da campanha do provável rival republicano de Obama nas eleições de novembro, Mitt Romney.
'Não devemos estender a mão a um regime dedicado à sistemática e flagrante privação dos direitos humanos básicos', disse Romney recentemente, ao criticar o governo de Raúl Castro. 'Enquanto o regime cubano mantiver a repressão feroz contra dissidentes e continuar prendendo de forma injusta um de nossos cidadãos, Alan Gross, a Administração de Obama não pode dar as boas-vindas à filha de um ditador'.
O democrata Scott Weiner, supervisor do distrito 8 de San Francisco e um dos patrocinadores da visita de Mariela Castro, comentou à Agência Efe que 'isso não tem nada a ver com a política nacional', mas se trata de 'um evento local' com 'uma mulher que apoia a comunidade de gays, lésbicas e transexuais em Cuba'.
Na próxima terça-feira, Mariela participará em Nova York de outra conferência sobre direitos dos homossexuais.