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Soropositivos devem ter rápido acesso a tratamento, diz OMS

OMS enfatiza sua nova recomendação que todos infectados com o HIV devem ter acesso ao tratamento o mais rápido possível após o diagnóstico


	Combate à Aids: se o paciente for tratado logo depois da infecção, ele tem mais chances de viver bem, além do risco de transmitir o vírus ser reduzido
 (Jayanta Dey / Reuters)

Combate à Aids: se o paciente for tratado logo depois da infecção, ele tem mais chances de viver bem, além do risco de transmitir o vírus ser reduzido (Jayanta Dey / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 13h54.

Genebra - A extensão do tratamento antirretroviral a todos os soropositivos é um elemento essencial para acabar com a epidemia de Aids em uma geração, afirmou nesta segunda-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Dia Mundial da Aids é celebrado amanhã, e a OMS quis enfatizar em sua nova recomendação que todas as pessoas infectadas com o HIV, sem levar em consideração suas idades, devem ter acesso ao tratamento o mais rápido possível após o diagnóstico da doença.

A OMS revisou recentemente suas diretrizes sobre o tratamento que deve ser feito pelos soropositivos e decidiu eliminar todas as limitações para a escolha do tratamento antirretroviral.

Resultados recentes de exames clínicos mostram que se o paciente for tratado logo depois da infecção ele tem mais chances de viver bem e são, além do risco de transmitir o vírus ser reduzido.

Além disso, a OMS recomenda que todas as pessoas com risco substancial de contrair HIV deveriam ter acesso ao tratamento.

Essa recomendação se baseia em uma diretriz de 2014 da própria OMS, que sugeriu que homens que mantêm relações sexuais com outros homens deveriam usar a profilaxia pré-exposição, chamada de "Prep", para evitar o contágio.

A OMS alerta que a Prep deve ser uma opção adicional a outros métodos de prevenção, como o uso de preservativos e seringas seguras, o acesso a apoio psicossocial e sistemas de diagnóstico.

Além disso, a OMS lembra que os antirretrovirais também ajudam a prevenir a transmissão entre mães e filhos. De fato, 8 dos 22 países que registram 90% das novas infecções conseguiram reduzir em mais de 50% os contágios de mães para filhos graças ao uso dos medicamentos.

Para que as recomendações possam ser implementadas, os países deverão fazer um esforço adicional para reforçar seus sistemas de diagnóstico antecipado e ampliar sua capacidade de oferecer tratamento a todos àqueles que precisem.

Se essas recomendações forem consideradas, o número de pessoas "elegíveis" para obter tratamento antirretroviral tem que crescer de 28 milhões que o recebem atualmente até 37 milhões de pessoas que convivem com o vírus no mundo.

De fato, a comunidade internacional já tinha fixado o objetivo de poder ampliar o acesso ao tratamento para 90% dos soropositivos até 2020, com o objetivo final de acabar com a epidemia em 2030.

Segundo a Unaids, expandir o tratamento para todas as pessoas soropositivas, assim como a ampliação das opções de prevenção, pode ajudar a evitar a morte de 21 milhões de pessoas e prevenir 28 milhões de novas infecções até 2030.

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