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Soldados desativam explosivos em meio à destruição de Ramadi

Os edifícios e a infraestrutura de Ramadi, capital da província ocidental de Al-Anbar, sofreram grande destruição por causa dos combates e bombardeios


	Ramadi: só ontem, os especialistas desativaram 350 bombas no complexo governamental, no centro de Ramadi
 (Reuters)

Ramadi: só ontem, os especialistas desativaram 350 bombas no complexo governamental, no centro de Ramadi (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 08h31.

Bagdá - As forças iraquianas trabalham nesta terça-feira e na desativação de artefatos explosivos colocados pelos jihadistas em edifícios e ruas da cidade de Ramadi, onde reina uma relativa calma um dia após a expulsão do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Fontes militares explicaram à Agência Efe que estas tarefas levarão tempo devido à grande quantidade de explosivos e a que é difícil achá-los entre os escombros.

Os edifícios e a infraestrutura de Ramadi, capital da província ocidental de Al-Anbar, sofreram grande destruição por causa dos combates e bombardeios que se seguiram à conquista da cidade pelo EI, em maio.

Também dificulta a busca o fato de os jihadistas terem escondido muitos desses artefatos para impedir que as forças de segurança os detectem, segundo as fontes.

Só ontem, os especialistas desativaram 350 bombas no complexo governamental, no centro de Ramadi, cujo controle foi recuperado pelas forças do governo no domingo.

À medida que os bairros residenciais vão ficando limpos de explosivos são entregues pelos militares à polícia local para que se responsabilize de seu controle.

Isto permitirá às forças armadas se concentrarem em outras operações militares para expulsar o EI de outras localidades de Al-Anbar, como Faluja, a segunda cidade da província.

A situação em Ramadi é de tranquilidade. Chegam a se passar entre uma e duas horas sem que se escute o som de armas de fogo, explicaram as fontes.

Por outro lado, as forças do exército iraquiano e da luta antiterrorista evacuaram mais de 350 civis, a maioria crianças e mulheres, que o EI tinha mantido refém nos bairros de Al Zila, Al Bualuan e Al Yamaia, no centro de Ramadi.

Estas pessoas foram entregues à polícia local para serem transferidas aos acampamentos de desalojados na cidade de Al Habaniya, 30 quilômetros ao leste de Ramadi.

Após o anúncio oficial ontem da liberação de Ramadi, o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, prometeu que em 2016 se alcançará "a vitória final" contra o EI com a eliminação do grupo terrorista.

Abadi antecipou que se aproxima a hora de recuperar também o controle da cidade de Mossul, o principal reduto dos jihadistas no Iraque, o que significará "o golpe definitivo contra o EI".

A perda de Ramadi foi um duro golpe para os jihadistas, também por permitir às forças governamentais se concentrarem agora na ofensiva a Mossul, que foi conquistada pelo EI em junho de 2014.

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