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Social-democrata derrotado diz que partido fará oposição a Merkel

A chanceler Angela Merkel venceu a eleição na Alemanha neste domingo (24) com 33,5% dos votos, segundo a boca de urna

Martin Schulz: Candidato social-democrata reconheceu a derrota neste domingo (24) (Michael Dalder/Reuters)

Martin Schulz: Candidato social-democrata reconheceu a derrota neste domingo (24) (Michael Dalder/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de setembro de 2017 às 15h35.

Berlim - O candidato do Partido Social-Democrata (SPD) nas eleições federais da Alemanha, Martin Schulz, reconheceu a derrota na votação realizado neste domingo (24) e afirmou que fará oposição à atual chanceler Angela Merkel, vencedora do pleito, após quatro anos de aliança com a União Democrata-Cristã (CDU).

Entrevistado pela emissora pública alemã após um breve pronunciamento para os eleitores, Schulz disse ter "total apoio" da direção do SPD para continuar na liderança do partido e renová-lo.

Para os militantes do SPD, após a divulgação dos primeiros resultados de boca de urna que indicavam que o partido teve 21% dos votos, o pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial, Schulz alertou para a "fratura" representada pela entrada no Bundestag da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD).

"Falhamos no nosso objetivo", reconheceu Schulz, que avaliou que o SPD não conseguiu convencer a base eleitoral tradicional do partido, alertando também sobre a "impressionante força" da AfD, um fato que "nenhum democrata pode deixar de lado".

Schulz, que também citou a queda dos votos obtidos pelo partido de Merkel no pleito, indicou que a chegada de mais de 1 milhão de refugiados na Alemanha ainda causa tensão no país.

"Lutaremos veementemente e com todas as nossas forças contra a extrema direita", prometeu o ex-presidente do parlamento europeu.

O SPD, segundo Schulz, independente do resultado, seguirá lutando por princípios e valores como a democracia, a tolerância, o respeito e o sentimento de comunidade.

O candidato indicou que no último governo o SPD conseguiu, dentro da coalizão liderada por Merkel, implantar um salário mínimo interprofissional, melhorias nas aposentadorias e também conter o aumento dos aluguéis no país.

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