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Sobreviventes do Holocausto transformam casa em museu

No local, estudantes podem aprender sobre o massacre nazista de seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial

Irena Wodzislawski: sobrevivente diz que seu falecido marido lançou o projeto em 2003, vendo nele uma forma de vingança pela matança da maioria da comunidade judaica (Ronen Zvulun/Reuters)

Irena Wodzislawski: sobrevivente diz que seu falecido marido lançou o projeto em 2003, vendo nele uma forma de vingança pela matança da maioria da comunidade judaica (Ronen Zvulun/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 13h57.

Ariel - Sobreviventes israelenses do Holocausto oriundos da Polônia transformaram a casa deles em um assentamento judaico em um museu, no qual estudantes podem aprender sobre o massacre nazista de seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.

Irena Wodzislawski, de 77 anos, diz que seu falecido marido, Yaacov, lançou o projeto em 2003, vendo nele uma forma de vingança pela matança da maioria da comunidade judaica, incluindo a maior parte de sua família, em sua cidade natal de Czestochowa.

Wodzislawski guia grupos de jovens israelenses e soldados por uma coleção particular de mil itens da época do Holocausto em mostruários de vidro, incluindo cartões postais escritos por detidos de campos de concentração e os uniformes que usavam.

O Yad Vashem, principal museu do Holocausto de Israel, em Jerusalém, realiza visitas guiadas com frequência para jovens, mas Wodzislawski afirma que, como sobrevivente, pode oferecer aos visitantes de seu museu uma visão pessoal única.

Ainda menina, Wodzislawski sobreviveu ao Holocausto em sua nativa Przemysl passando a maior parte da guerra escondida com uma família cristã, depois que sua mãe desapareceu do gueto judeu da cidade um dia e nunca mais voltou.

Ela emigrou para o território estabelecido pelo Mandato Britânico da Palestina alguns anos antes do estabelecimento de Israel, em 1948, e hoje vive em Ariel, um grande assentamento na Cisjordânia ocupada.

Engenheira química aposentada que outrora trabalhou para o Ministério da Defesa israelense, Wodzislawski diz que ela e seu marido compraram a maior parte da coleção em viagens pelo leste da Europa, buscando ajudar a preservar resquícios de comunidades judaicas destruídas.

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