Como já era esperado pelo mercado, o Banco Central Europeu (BCE) elevou nesta quinta-feira (3/8) a taxa de juros da União Européia em mais 0,25 ponto percentual, chegando a 3% ao ano. Esta é a quarta alta consecutiva no ano. O movimento acompanha a evolução dos juros nos Estados Unidos, que em 2006 já subiu um ponto percentual, passando de 4,25% em janeiro para 5,25% em junho.

De acordo com o jornal britânico Financial Times, a decisão do BCE já era prevista pelos analistas desde julho, quando o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, comentou que o banco estava monitorando de perto as pressões inflacionárias. A busca pelo controle dos preços também é o motivo que tem levado o Federal Reserve  (FED), o banco central dos Estados Unidos, a subir sua taxa de juros nos últimos dois anos.

Agora, o mercado analisa a possibilidade de mais uma elevação nos juros da União Européia ainda este ano. Alguns especialistas acreditam ser possível mais dois reajustes até dezembro.

Inglaterra

O Banco da Inglaterra surpreendeu o mercado ao anunciar, nesta quinta-feira, o aumento de 0,25 ponto percentual em sua taxa básica de juros, que passa a ser de 4,75% ao ano. A decisão encerra um período de um ano de estabilidade na taxa, que não sofria reajuste desde agosto do ano passado.

Assim como os Estados Unidos e os países da zona do euro, a Inglaterra demonstra preocupação com as pressões inflacionárias, ocasionadas principalmente pela alta nos preços de energia. Em junho, a inflação anualizada no Reino Unido teve alta de 2,5%, acima da meta oficial de 2%. O Banco da Inglaterra havia sinalizado que a inflação poderia ultrapassar a meta, mas, segundo o Financial Times, não espera que isso fosse acontecer tão rapidamente.