Vista do hotel Pearl Continental, em Gwadar: os três terroristas morreram e grupo separatista reivindicou ataque (Akhtar Soomro/Divulgação)
EFE
Publicado em 12 de maio de 2019 às 16h06.
Islamabad - As autoridades do Paquistão elevaram a oito o número de mortos, incluindo quatro civis e um militar, e a seis o número de feridos no ataque realizado ontem a um hotel de luxo na província do Baluchistão e reivindicado por um grupo separatista.
"As forças de segurança completaram a operação no Pearl Continental, em Gwadar. Os três terroristas morreram, os seus corpos foram retidos para identificação", informou o gabinete de comunicação do Exército em comunicado.
De acordo a nota, quatro funcionários do hotel, que tem grande segurança, e um soldado da Marinha morreram na ação. Além disso, seis pessoas ficaram feridas, incluindo dois civis e quatro militares.
Os insurgentes invadiram o hotel às 16h45 (horário local, 8h45 em Brasília), com o objetivo de fazer reféns, mas foram surpreendidos pela resistência dos guardas. Segundo o texto do Exército, a equipe deu o alertou e fechou a entrada principal, mas os terroristas subiram por uma escada e conseguiram acessar alguns andares.
Na fuga para o telhado, eles abriram fogo e se entrincheiraram até que foram mortos pelas forças de segurança. Logo no início da ação, todos os hóspedes foram retirados do prédio, conforme o comunicado.
O Exército de Libertação do Baluchistão, que luta pela independência dessa região, assumiu a autoria do ataque dirigido a investidores da China e de outros países. Esse mesmo grupo reivindicou em novembro de 2018 um ataque contra o consulado chinês na cidade de Karachi, no sul do Paquistão, que terminou com a morte dos três assaltantes.
A China possui grande presença no território paquistanês por conta do projeto do Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC), um programa de infraestrutura no valor de US$ 60 bilhões. O CPEC, iniciado em 2015, financia a construção de uma rota comercial que ligará a província noroeste chinesa de Xinjiang ao porto paquistanês de Gwadar. EFE