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Sobe para 71 o número de presos mortos em ataque em Bagdá

Pelo menos 71 presos morreram após um ataque armado ao comboio em que eram transferidos de prisão


	Soldados iraquianos patrulham Bagdá: identidade dos criminosos ainda é desconhecida
 (afp.com / ALI AL-SAADI)

Soldados iraquianos patrulham Bagdá: identidade dos criminosos ainda é desconhecida (afp.com / ALI AL-SAADI)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 10h10.

Bagdá - Pelo menos 71 presos morreram nesta segunda-feira após um ataque armado ao comboio em que eram transferidos na província de Babel, a cerca de 110 quilômetros ao sul de Bagdá.

Uma fonte de segurança local, que havia confirmado apenas 30 vítimas inicialmente, informou à Agência Efe que os presos procediam da prisão de Qauat al Akrab, destinada àqueles que são enquadrados na lei antiterrorista, e que dois policiais e cinco homens armados também morreram na ação.

O ataque ocorreu ao sul de Hilla, capital de Babel, no momento em que os presos eram transferidos da prisão citada ao de Al Qasem.

As forças de segurança iniciaram uma série de operações para capturar os criminosos, cuja identidade se desconhece por enquanto.

As circunstâncias da ação também não estão claras, mas poderia se tratar de uma fracassada tentativa dos insurgentes sunitas de libertar os prisioneiros.

Na última semana, perante o temor de que os presos fossem libertados depois que os insurgentes assumissem o controle das delegacias ou prisões, a polícia teria executado inúmeros presos por supostos crimes terroristas, denunciaram os rebeldes.

Aprovada em 2005, a lei antiterrorista é muito criticada pelos sunitas, que consideram que a mesma acaba sendo aplicada somente contra eles, especialmente por causa do artigo quarto, que estipula penas de morte e de prisão perpétua para os envolvidos em crime terroristas.

Este fato coincide com a chegada a Bagdá do secretário de Estado americano, John Kerry, que realizou uma visita surpresa para analisar o conflito no Iraque com o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, e outros responsáveis.

Kerry começou ontem uma viagem pelo Oriente Médio e Europa para abordar principalmente a situação no Iraque, afetado por uma ofensiva de insurgentes sunitas e do jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) contra o governo de al-Maliki.

Diante deste cenário, Bagdá pediu aos EUA que lance bombardeios aéreos contra os insurgentes, mas, até o momento, Washington se limitou a desdobrar 300 assessores militares, insistindo que tal medida não supõe o reinício de suas operações de combate no Iraque e que a solução ao problema não passa por uma via exclusivamente militar.

Os insurgentes sunitas dominam amplas zonas do norte e do oeste do Iraque e assumiram o controle de várias passagens fronteiriças entre Síria e Jordânia.

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