Moçambique: pelo menos 8,8 mil pessoas permanecem ainda isoladas nas localidades moçambicanas de Chibue e Pambanissa (Mike Hutchings/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de abril de 2019 às 12h32.
Maputo - O ciclone Idai, que arrasou parte do sudeste africano entre 14 e 15 de março, já causou 602 mortes em Moçambique, o país mais afetado por esta catástrofe, além de cinco falecimentos por cólera, de acordo com informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC) neste sábado.
O INGC contabilizou quatro novas vítimas mortais diretas, que se somam às anteriores 598 reportadas nas províncias centrais de Sofala, Manica, Tete e Zambézia, onde os fortes ventos e chuvas inundaram uma superfície de centenas de milhares de quilômetros.
O número total de mortes já passa de 840, com 185 mortos no Zimbábue, segundo os últimos números divulgados pelo Governo, e pelo menos 59 no Malawi, país atingido pelo fenômeno quando ainda era tempestade tropical.
Além disso, segundo as autoridades, pelo menos 8,8 mil pessoas permanecem ainda isoladas nas localidades moçambicanas de Chibue e Pambanissa, na província de Manica, devido às inundações que ainda ocorrem nos rios Lucite e Buzi.
No balanço oficial do INGC, não estão incluídos os cinco mortos por cólera confirmados nesta sexta-feira pelas autoridades sanitárias, doença que já afetou mais de 2,4 mil pessoas em Moçambique - a maioria já recebeu alta médica -, principalmente na cidade de Beira e nos distritos circundantes de Buzi e Nhamatanda.
Em 3 de abril, a Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), junto ao Governo moçambicano, deram início a uma campanha de inoculação após a chegada de 900 mil doses de vacina contra o cólera.
Só em Moçambique, cerca de 1,85 milhão de pessoas afetadas por esta tragédia dependem do alimento, da água e do refúgio proporcionado por organizações humanitárias; entre elas, um milhão de crianças, segundo números da ONU.