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Sobe para 53 o número de mortos em combates nas Filipinas

Exército das Filipinas e rebeldes do grupo Combatentes Islâmicos do Bangsamoro se enfrentaram nos últimos dias


	Crianças seguram bandeiras das Filipinas: entre 100 e 150 mil pessoas, pelo menos 20% delas civis, morreram nas quatro décadas de conflito separatista no sul das Filipinas
 (REUTERS/Cheryl Ravelo)

Crianças seguram bandeiras das Filipinas: entre 100 e 150 mil pessoas, pelo menos 20% delas civis, morreram nas quatro décadas de conflito separatista no sul das Filipinas (REUTERS/Cheryl Ravelo)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 05h39.

Manila - Pelo menos 53 pessoas morreram nos enfrentamentos recentes entre o Exército das Filipinas e rebeldes do grupo Combatentes Islâmicos do Bangsamoro, no sul do arquipélago, informaram nesta sexta-feira as autoridades locais.

Os militares encontraram os corpos de 12 insurgentes na região de Mindanao, que se somam aos 41 mortos da última apuração oficial. Desde o último fim de semana, combates vem ocorrendo na região entre soldados e insurgentes, declarou o porta-voz do Exército, Dickson Hermoso, segundo a agência de notícias do país "PNA".

Entre os insurgentes mortos estão 13 menores de idade, denunciou o militar.

"Eram crianças-soldado porque vestiam os uniformes dos Combatentes Islâmicos do Bangsamoro e estavam com suas armas", garantiu Hermoso.

Entre as baixas registradas, pelo menos uma pertence às forças governamentais, enquanto outros 13 soldados ficaram feridos desde o início dos combates.

Os insurgentes dos Combatentes Islâmicos do Bangsamoro estão encurralados na cidade de Ganta, na província de Maguindanao, segundo as fontes militares que esperam que os combates terminem nos próximos dias devido à menor resistência dos rebeldes.


Por outro lado, um porta-voz do grupo insurgente, Abu Misry Mama, garantiu à "PNA" que apenas quatro de seus soldados morreram durante os combates e que continuarão "lutando até a última gota de sangue" para defender seus direitos.

O grupo Combatentes Islâmicos do Bangsamoro surgiu em 2010 após uma cisão da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI), a principal organização armada islamita das Filipinas, e se opõe às negociações de paz que o FMLI mantém com o governo do país.

O FMLI e o governo chegaram a um acordo no último sábado na Malásia sobre a última parte das negociações de paz, que poderia acabar com um conflito armado de quatro décadas e que já causou milhares de mortes.

No dia seguinte, o Exército começou uma ofensiva contra os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro.

O Centro de Ação para os Direitos Humanos de Mindanao (Minhrac, sigla em inglês) denunciou que centenas de cidadãos das regiões afetadas pelos combates e foram forçados a abandonar suas casas.

Entre 100 e 150 mil pessoas, pelo menos 20% delas civis, morreram nas quatro décadas de conflito separatista no sul das Filipinas, que também prejudicou o desenvolvimento de uma região rica em recursos naturais e empobreceu a população. 

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