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Sobe para 282 o número de mortos em acidente em mina turca

Foram recuperados 282 corpos e 217 deles já foram entregues às suas famílias

Equipe de resgate carrega mineiro ferido após explosão de mina na Turquia: nas últimas horas, ninguém foi resgatado com vida (REUTERS/ Osman Orsal)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 06h26.

Istambul - O número de mortos na explosão em uma mina de carvão no oeste da Turquia já está em 282 e são pequenas as esperanças de se encontrar sobreviventes, informou nesta quinta-feira o ministro de Energia turco, Taner Yildiz.

O ministro detalhou que até o momento foram recuperados 282 corpos e 217 deles já foram entregues às suas famílias, enquanto os trabalhos de resgate podem voltar a ser interrompidos nas próximas horas "pelo acúmulo de gás e porque o incêndio prossegue" no interior da mina.

"Nas últimas 12 horas não foi possível resgatar ninguém com vida", afirmou o ministro em outro sinal de que as possibilidades de que ainda existam sobreviventes são muito pequenas, sobretudo quando o incêndio persiste dentro da mina.

Yildiz se negou a dar uma estimativa total de mortos na tragédia, mas a imprensa turca situa o número em cerca de 350.

Cinco dos maiores sindicatos do país, todos eles ligados à oposição, convocaram hoje uma greve e pediram que os cidadãos vistam roupas pretas ou utilizem um laço dessa cor em sinal de solidariedade com as vítimas.

Ontem, ocorreram protestos em dezenas de localidades do país, desde o local da tragédia, Soma, até as três maiores cidades do país: Istambul, Ancara e Izmir.

Nas três cidades aconteceram enfrentamentos entre os manifestantes, que pediam a renúncia do governo, e a polícia, que dispersou os protestantes com jatos d"água e gás lacrimogêneo.

As palavras do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, em entrevista coletiva no local da tragédia, contribuíram para aumentar a indignação de parte da população.

Erdogan ressaltou que este "tipo de acidente ocorre todo o momento" e enumerou uma série de acidentes industriais na mineração desde o século XIX para justificar suas palavras.

A Turquia tem o pior índice de acidentes no trabalho da Europa, com uma média de três mortes por dia, e a mineração é, proporcionalmente, o setor mais afetado.

Em média, 80 operários morrem por ano em acidentes nas minas da Turquia, o que equivale a um de cada mil trabalhadores, segundo dados de um estudo universitário recente.

Os sindicatos consideram que a pressão dos responsáveis pela mina - uma empresa privada - para reduzir custos, além da falta de equipamentos e de medidas de segurança, estão por trás das causas do acidente. EFE

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Istambul - O número de mortos na explosão em uma mina de carvão no oeste da Turquia já está em 282 e são pequenas as esperanças de se encontrar sobreviventes, informou nesta quinta-feira o ministro de Energia turco, Taner Yildiz.

O ministro detalhou que até o momento foram recuperados 282 corpos e 217 deles já foram entregues às suas famílias, enquanto os trabalhos de resgate podem voltar a ser interrompidos nas próximas horas "pelo acúmulo de gás e porque o incêndio prossegue" no interior da mina.

"Nas últimas 12 horas não foi possível resgatar ninguém com vida", afirmou o ministro em outro sinal de que as possibilidades de que ainda existam sobreviventes são muito pequenas, sobretudo quando o incêndio persiste dentro da mina.

Yildiz se negou a dar uma estimativa total de mortos na tragédia, mas a imprensa turca situa o número em cerca de 350.

Cinco dos maiores sindicatos do país, todos eles ligados à oposição, convocaram hoje uma greve e pediram que os cidadãos vistam roupas pretas ou utilizem um laço dessa cor em sinal de solidariedade com as vítimas.

Ontem, ocorreram protestos em dezenas de localidades do país, desde o local da tragédia, Soma, até as três maiores cidades do país: Istambul, Ancara e Izmir.

Nas três cidades aconteceram enfrentamentos entre os manifestantes, que pediam a renúncia do governo, e a polícia, que dispersou os protestantes com jatos d"água e gás lacrimogêneo.

As palavras do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, em entrevista coletiva no local da tragédia, contribuíram para aumentar a indignação de parte da população.

Erdogan ressaltou que este "tipo de acidente ocorre todo o momento" e enumerou uma série de acidentes industriais na mineração desde o século XIX para justificar suas palavras.

A Turquia tem o pior índice de acidentes no trabalho da Europa, com uma média de três mortes por dia, e a mineração é, proporcionalmente, o setor mais afetado.

Em média, 80 operários morrem por ano em acidentes nas minas da Turquia, o que equivale a um de cada mil trabalhadores, segundo dados de um estudo universitário recente.

Os sindicatos consideram que a pressão dos responsáveis pela mina - uma empresa privada - para reduzir custos, além da falta de equipamentos e de medidas de segurança, estão por trás das causas do acidente. EFE

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