Familiares caminham em uma rua coberta de lama em uma área inundada em Picanya, perto de Valência, leste da Espanha, em 30 de outubro de 2024. Inundações provocadas por chuvas torrenciais na região de Valência, no leste da Espanha, deixaram 51 mortos, disseram serviços de resgate em 30 de outubro. ( Jose Jordan/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 3 de novembro de 2024 às 19h18.
O número de mortos em decorrência da tempestade que atingiu a Espanha na última terça-feira subiu para 217 neste domingo, 3, a maioria (213) na província de Valência, na costa do Mediterrâneo, o epicentro da mais grave inundação no país desde o século passado.
O ministro de Política Territorial e Memória Democrática, Ángel Víctor Torres, informou que o número de mortos na província de Valência havia subido para 213, mas não detalhou o número de desaparecidos, cinco dias após as enchentes.
As demais vítimas foram registradas nas regiões de Castela-Mancha, com três mortes, e uma na Andaluzia.
Durante uma entrevista coletiva após a reunião do comitê de crise para monitorar os efeitos da tempestade, presidido pelo chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, Torres reconheceu que ainda não podia fornecer números sobre o número de pessoas desaparecidas porque “também é preciso ser absolutamente rigoroso”.
O ministro também se referiu ao destacamento de forças militares e de segurança em Valência, “o maior em tempos de paz”.
Ele lembrou que, após uma solicitação do presidente regional da Comunidade Valenciana, Carlos Manzón, o número de efetivos do Exército aumentou de 2.500 para cerca de 6.000. O restante, até 7.500, chegará nas próximas horas.
Quanto à Polícia Nacional e à Guarda Civil, de acordo com o ministro, 6.500 efetivos já foram mobilizados, mas o número aumentará para um total de 9.479: 4.256 policiais e 5.223 guardas civis.
Na Espanha, os governos regionais são responsáveis por administrar esse tipo de emergência e são responsáveis por solicitar ao governo central os reforços que considerarem necessários.