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Snowden pode ser utilizado por serviços russos, diz analista

Ex-técnico da CIA poderá fazer novas filtragens caso os EUA imponham sanções contra Moscou, disse o diretor do Centro de Informações Políticas russo

Ex-analista da CIA, Edward Snowden (2º à esquerda) sai do aeroporto de Moscou: "Snowden, se desejar, poderá ser utilizado pelos serviços secretos russos em um papel muito interessante", afirmou diretor (Rossiya 24/Handout via Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 13h42.

Moscou - O ex-analista da CIA Edward Snowden , para quem as autoridades russas concenderam asilo temporário, poderá fazer novas filtragens caso os EUA imponham sanções contra Moscou, segundo disse nesta segunda-feira um analista político russo.

"Snowden, se desejar, poderá ser utilizado pelos serviços secretos russos em um papel muito interessante... Se de repente a lista Magnitski for ampliada, Snowden poderia "lembrar" alguns detalhes sobre os serviços nos quais trabalhou", afirmou o diretor do Centro de Informações Políticas, Alexei Mujin, em entrevista coletiva.

O analista se referia, assim, a uma possível resposta de Moscou às novas sanções americanas pelo caso Snowden e que ampliam a lista negra já aprovada por Washingtonem 2010 dos funcionários russos supostamente envolvidos em violações dos direitos humanos.

Dito documento proíbe a entrada aos EUA e à UE, e congela as contas bancárias em seu território dos que estejam vinculados com o processo do advogado Sergei Magnitski, morto na prisão após denunciar a existência de uma rede de policiais corruptos que supostamente usam fundos estatais.

No entanto, as autoridades russas concederam permissão para Snowden entrar em território russo com a condição que não siga com sua campanha de revelações na internet" e que não prejudique os interesses dos EUA, lembrou o vice-reitor do Departamento Político da Universidade de Moscou, Andrei Sídorov, na mesma entrevista coletiva.

Com relação ao destino das relações bilaterais sobre o caso Snowden, o analista se mostrou convencido de que "seja como for, as relações sempre foram multidirecionais".

Sidorov disse que "o que interessa à Rússia dos EUA, como a cooperação econômica, o desenvolvimento do comércio e atividades de investimento, não interessa a Washington (...) e ao invés, as propostas de (o presidente dos Estados Unidos Barack) Obama como a redução de armas estratégicas também não nos interessa".

O fugitivo perseguido pela justiça dos EUA abandonou em 1 de agosto o aeroporto Sheremétievo de Moscou, onde permaneceu por quase um mês e meio à espera que as autoridades russas lhe outorgassem o asilo temporário.

Desde então, Snowden está vivendo em algum lugar não revelado de Moscou.

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"Snowden, se desejar, poderá ser utilizado pelos serviços secretos russos em um papel muito interessante... Se de repente a lista Magnitski for ampliada, Snowden poderia "lembrar" alguns detalhes sobre os serviços nos quais trabalhou", afirmou o diretor do Centro de Informações Políticas, Alexei Mujin, em entrevista coletiva.

O analista se referia, assim, a uma possível resposta de Moscou às novas sanções americanas pelo caso Snowden e que ampliam a lista negra já aprovada por Washingtonem 2010 dos funcionários russos supostamente envolvidos em violações dos direitos humanos.

Dito documento proíbe a entrada aos EUA e à UE, e congela as contas bancárias em seu território dos que estejam vinculados com o processo do advogado Sergei Magnitski, morto na prisão após denunciar a existência de uma rede de policiais corruptos que supostamente usam fundos estatais.

No entanto, as autoridades russas concederam permissão para Snowden entrar em território russo com a condição que não siga com sua campanha de revelações na internet" e que não prejudique os interesses dos EUA, lembrou o vice-reitor do Departamento Político da Universidade de Moscou, Andrei Sídorov, na mesma entrevista coletiva.

Com relação ao destino das relações bilaterais sobre o caso Snowden, o analista se mostrou convencido de que "seja como for, as relações sempre foram multidirecionais".

Sidorov disse que "o que interessa à Rússia dos EUA, como a cooperação econômica, o desenvolvimento do comércio e atividades de investimento, não interessa a Washington (...) e ao invés, as propostas de (o presidente dos Estados Unidos Barack) Obama como a redução de armas estratégicas também não nos interessa".

O fugitivo perseguido pela justiça dos EUA abandonou em 1 de agosto o aeroporto Sheremétievo de Moscou, onde permaneceu por quase um mês e meio à espera que as autoridades russas lhe outorgassem o asilo temporário.

Desde então, Snowden está vivendo em algum lugar não revelado de Moscou.

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