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Site sueco divulga histórico policial de Assange, diz "The Times"

Fundador do WikiLeaks é acusado de agressões sexuais a duas mulheres na Suécia

Julian Assange: de investigador a investigado (Oli Scarff/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2011 às 14h30.

Londres - Os arquivos policiais confidenciais sobre as supostas agressões sexuais de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, a duas mulheres na Suécia foram vazados por um site de sueco, publicado neste sábado pelo britânico "The Times".

Conforme o jornal, o site retirou a informação secreta pouco após postá-la, mas o jornal britânico conseguiu guardar uma cópia.

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O histórico divulgado incluía detalhes dos encontros de Assange com as duas mulheres, que o acusam de abuso, apesar do analista australiano ainda não ter sido acusado formalmente de nenhuma acusação.

Assange, que está em liberdade condicional no Reino Unido, deve comparecer na segunda-feira diante de um tribunal londrino para prosseguir com seu processo de extradição a Suécia, país que o reivindica para interrogá-lo em relação aos supostos delitos.

O vazamento de seu histórico policial "está calculado para prejudicar os interesses de Julian Assange", declarou ao "Times" o advogado do australiano, Mark Stephens, quem acrescentou que seu escritório, Finers Stephens Innocent, investiga a origem do vazamento.

Os documentos, escritos em sueco, incluíam, segundo o periódico, os depoimentos por escrito das denunciantes com declarações de seus amigos e fotos dos preservativos supostamente utilizados pelo processado.

Na audiência da segunda-feira, os advogados de Assange, que declara inocência de toda acusação, argumentarão que os fatos não seriam puníveis no Reino Unido porque não há provas suficientes de que as mulheres não deram consentimento, explica o "Times".

Alegarão que seu cliente enfrenta risco de pena de morte nos Estados Unidos se for extraditado para Suécia, já que é provável que o país escandinavo ceda ao pedido de entrega por parte desse país, especialmente afetado pelas sensacionais divulgações do portal WikiLeaks.

Finalmente, os defensores assinalarão, segundo o "Times", que as autoridades suecas cometeram um abuso de processo ao emitir uma ordem europeia de detenção para simplesmente interrogar Assange por fatos que nem sequer foi acusado.

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