A guerra na Faixa de Gaza eclodiu após o violento ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.400 mortos em Israel (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 10 de novembro de 2023 às 16h29.
Última atualização em 10 de novembro de 2023 às 16h47.
A Cruz Vermelha disse, nesta sexta-feira, 10, que o sistema de saúde da Faixa de Gaza atingiu um "ponto de não retorno" e exigiu o fim dos ataques a hospitais no território palestino.
"Sobrecarregado, com recursos escassos e cada vez mais inseguro, o sistema de saúde de Gaza atingiu um ponto de não retorno que põe em perigo a vida de milhares de pessoas feridas, doentes e deslocadas", declarou em comunicado o chefe da subdelegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Gaza, William Schomburg.
O CICV fez um apelo urgente ao respeito e à proteção das instalações médicas, dos pacientes e do pessoal médico em Gaza.
"A destruição dos hospitais em Gaza se torna insuportável e deve cessar. A vida de milhares de civis, de pacientes e de membros do pessoal médico está em perigo", indicou a organização.
A guerra na Faixa de Gaza eclodiu após o violento ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.400 mortos em Israel, a maioria civis, segundo as autoridades.
Em resposta, Israel bombardeia o território palestino, onde morreram mais de 11.000 pessoas, em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Desde o início da guerra, a ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciam bombardeios e ataques de artilharia contra ambulâncias e hospitais. Israel acusa o Hamas de se esconder nessas instalações para realizar suas operações.
Os hospitais infantis tampouco ficaram livres da violência, especialmente o Nasser e o Rantisi, este último tendo de interromper suas atividades.
Al Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza, "acolhe agora milhares de famílias deslocadas que perderam suas casas", além de estar superlotado de pacientes, indicou o CICV.
"As regras da guerra são claras. Os hospitais são instalações que têm proteção especial, segundo o direito internacional humanitário", concluiu.