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Síria reitera ter destruído todo arsenal químico

Governo sírio também lembrou que no passado exigiu que este tipo de armas fossem destruídas fora de seu território para que não restasse dúvidas

Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) confirmou em um relatório o uso de gás sarin no ataque de 4 de abril (Mohamed Abdullah/Reuters/Reuters)
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EFE

Publicado em 3 de julho de 2017 às 11h06.

Beirute - O vice-ministro sírio de Assuntos Exteriores, Faisal Miqdad, reiterou nesta segunda-feira que seu país eliminou todo o arsenal químico e lembrou que no passado exigiu que este tipo de armas fossem destruídas fora de seu território para que não restasse dúvidas.

"Solicitamos oficialmente a destruição das substâncias químicas fora da Síria para que não houvesse dúvidas, e vieram barcos da Dinamarca, EUA, Reino Unido e de outros países com este propósito", apontou Miqdad em uma coletiva de imprensa em Damasco, segundo a agência de notícias oficiais "Sana".

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Na sexta-feira, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) confirmou em um relatório o uso de gás sarin no ataque de 4 de abril contra a localidade de Khan Sheikhun, ainda que sem determinar responsabilidades.

EUA e oposição síria acusaram as autoridades sírias de estar por trás dessa bombardeio com gases, enquanto o Governo de Damasco negou e culpou os terroristas.

Miqdad insistiu hoje que a OPAQ afirmou no passado que a Síria tinha eliminado todas as suas armas químicas e apontou que após o incidente em Khan Sheikhun, seu Executivo pediu tanto aos responsáveis da ONU como da OPAQ para que investigassem o fato imediatamente.

O sírio acusou os países do Golfo e do Ocidente de armar e respaldar organizações terroristas, que estão às ordens de Israel e dos EUA.

A seu julgamento, Washington só quer prolongar o conflito na Síria para ajudar os interesses israelenses.

Também criticou os EUA por terem atacado em abril a base aérea de Shairat, que, segundo as autoridades americanas, foi em represália pelo bombardeio químico de Khan Sheikhun.

Para Miqdad, essa "agressão direta dos EUA" não tem nenhuma "justificativa política, moral ou prática", já que, sublinhou, teve como alvo os que lutam contra o terrorismo na região.

Um acordo entre Moscou e Washington levou em 2013 à Síria a aceitar a destruição de seu arsenal químico após vários supostos ataques, ainda que posteriormente o Conselho de Segurança tenha aprovado resoluções para investigar outras denúncias.

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