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Síria diz que EUA não são sérios na luta contra o terrorismo

Síria criticou a estratégia do presidente americano para lutar contra o Estado Islâmico, ao considerar que os EUA não são sérios na luta contra terrorismo


	Presidente sírio, Bashar al-Assad: políticas de Obama são "contraditórias", diz Assad
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Presidente sírio, Bashar al-Assad: políticas de Obama são "contraditórias", diz Assad (AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 09h21.

Damasco - O governo da Síria criticou nesta quinta-feira a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para lutar contra o grupo radical Estado Islâmico (EI), ao considerar que Washington "não é sério" na luta contra o terrorismo.

Em comunicado publicado na agência de notícias oficial síria "Sana", o regime de Bashar al Assad qualificou de "contraditórias" as políticas de Obama, já que ao mesmo tempo em que autoriza os bombardeios contra o EI está disposto a armar a oposição síria, à qual Damasco classifica de "terrorista".

Desta maneira, as autoridades sírias reagiram ao discurso pronunciado na noite de quarta-feira por Obama, que anunciou que seu país atacará o EI na Síria e ampliará sua campanha no Iraque, com uma ofensiva "implacável" para destruir o grupo "seja onde for".

O presidente americano também se comprometeu a treinar a oposição síria como aliado-chave em sua campanha.

Na nota, divulgada pela agência de notícias "Sana", o regime opinou que "a oposição "moderada", como Obama a descreve, não são mais que criminosos como os terroristas do EI".

"Por suas políticas e atitudes contraditórias, Washington está demonstrando que não é sério na luta antiterrorista. Por um lado, declara guerra como parte dela (a luta antiterrorista), e por outro pede para armar a outra parte", lamenta o texto.

O regime sírio ressaltou que as políticas dos EUA, que, na sua opinião, patrocinaram o terrorismo na região e na Síria, representam o principal obstáculo para achar uma solução clara para a crise regional.

Queixou-se que o governo americano diz que vai lutar contra o terrorismo e ao mesmo tempo ordena a seus serviços secretos enviar dinheiro e armas aos "terroristas internacionais que se infiltram de Turquia, Jordânia e Líbano para combater e expandir o caos na Síria".

Até agora, o comunicado da "Sana", que costuma refletir os pontos de vista das autoridades, é a única reação do regime sírio ao plano de Obama.

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