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Síria dividida: quem controla o quê?

Infográfico produzido por EXAME.com com informações do Institute for The Study of War mostra como está a divisão atual do território sírio

Rebelde é fotografado nos subúrbios de Damasco: pela escassez de soldados, exército da Síria irá priorizar a defesa de algumas regiões, como a capital síria  (Reuters)

Rebelde é fotografado nos subúrbios de Damasco: pela escassez de soldados, exército da Síria irá priorizar a defesa de algumas regiões, como a capital síria (Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 10h42.

São Paulo – Em uma rara aparição pública, o presidente da Síria Bashar al-Assad falou nesta semana à população sobre os violentos conflitos que devastam o país há mais de quatro anos.

Em um pronunciamento que surpreendeu o mundo pela franqueza, veiculado pela televisão estatal, Assad tentou justificar suas recentes derrotas ante os grupos rebeldes e o Estado Islâmico (EI), que dominam porções cada vez maiores do território da Síria.

Disse confiar na vitória, mas admitiu que as suas tropas sofrem com a escassez de pessoas, um efeito do alto número de deserções no exército e também da enorme quantidade de refugiados que abandonaram seus lares nos últimos meses. É necessário, portanto, priorizar a defesa de áreas “importantes” e, em algumas circunstâncias, abrir mão do controle de outras.

Segundo o jornal americano The Washignton Post, o regime de Assad irá se concentrar nas batalhas próximas da capital Damasco, com vista a segurar o corredor que leva até Homs e incluindo a parte a oeste da cidade que abre caminho para o Mediterrâneo.

Atualmente no território sírio, o que se vê é que as áreas controladas pelo governo sofrem pressões por todos os lados, como ilustra o infográfico abaixo, que foi produzido por EXAME.com com informações compiladas pelo Institute For The Study of War. Os dados mostram a Síria no período entre os dias 6 e 9 de julho.

É possível notar no infográfico como está dividido atualmente o território do país. As áreas em cinza mostram regiões nas quais praticamente não há mais ninguém vivendo e, em verde estão aquelas controladas por grupos rebeldes que lutam pela queda de Assad.

Em roxo estão as zonas de influência do braço sírio da rede Al Qaeda, o Jabhat al-Nusra, enquanto que o EI pode ser visto em amarelo e, em rosa, o território controlado pelos curdos.

A faixa na fronteira com a Turquia, a região entre duas porções dominadas pelos curdos e que hoje está nas mãos do EI, será alvo de uma ofensiva de tropas turcas com a coalizão liderada pelos Estados Unidos. A ideia, informou Recep Erdogan, presidente turco, é que esta seja uma zona neutra, livre de extremistas. 

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