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Síndrome de Kawasaki, ligada à covid-19, mata 3 crianças em Nova York

Nova York é o epicentro da pandemia nos Estados Unidos, respondendo por mais de um terço das mais de 77 mil mortes norte-americanas

Nova York: local é o epicentro da doença nos EUA (Spencer Platt/Getty Images)

Nova York: local é o epicentro da doença nos EUA (Spencer Platt/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2020 às 15h40.

Última atualização em 12 de maio de 2020 às 09h18.

Três crianças morreram em Nova York de uma síndrome inflamatória rara que se acredita estar ligada ao novo coronavírus, disse o governador Andrew Cuomo no sábado, um desdobramento que pode prenunciar o risco de uma pandemia em crianças.

Cuomo divulgou na sexta-feira a morte de uma criança de 5 anos ligada ao coronavírus e uma síndrome que compartilha os sintomas com choque tóxico e doença de Kawasaki. Essa foi a primeira fatalidade conhecida ligada à doença rara em Nova York.

O governador disse em uma entrevista no sábado que a doença matou pelo menos três jovens em todo o Estado. Ele não deu detalhes das idades ou as circunstâncias das mortes.

Mas Cuomo afirmou estar cada vez mais preocupado com o fato de a síndrome representar um risco emergente para as crianças, que antes eram consideradas em grande parte imunes a casos graves da Covid-19, doença respiratória causada pelo vírus.

Ele disse que as autoridades estaduais de saúde estão analisando 73 casos em que crianças expostas à Covid-19 também apresentaram sintomas da síndrome, que segundo ele incluem inflamação dos vasos sanguíneos, que por sua vez podem causar problemas cardíacos.

De acordo com Cuomo, as crianças tiveram resultado positivo para Covid-19 ou os anticorpos contra ela, "mas esses não foram os sintomas que mostraram quando deram entrada no sistema hospitalar".

Chamando o fato de um desdobramento "verdadeiramente perturbador", o governador disse que pessoas estavam trabalhando com a impressão de que os jovens não corriam risco de sofrer com o coronavírus.

"Não temos mais tanta certeza disso", declarou ele. "É muito possível que isso aconteça há várias semanas e não tenha sido diagnosticado como relacionado à Covid."

Cuomo disse que o departamento de saúde de Nova York fez uma parceria com o New York Genome Center e a Rockefeller University para verificar se há uma base genética para a síndrome, cujos casos foram relatados pela primeira vez no Reino Unido, na Itália e na Espanha.

Nova York é o epicentro da pandemia nos Estados Unidos, respondendo por mais de um terço das 77.313 mortes norte-americanas por Covid-19, segundo contagem da Reuters.

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