Mundo

Sindicalistas protestam contra presidente no Paraguai

Protesto obriga o líder conservador, Horacio Cartes, a buscar uma aproximação com setores críticos à sua gestão

Camponeses pedem reforma agrária durante protesto contra o presidente Horacio Cartes em Assunção, no Paraguai (Jorge Adorno/Reuters)

Camponeses pedem reforma agrária durante protesto contra o presidente Horacio Cartes em Assunção, no Paraguai (Jorge Adorno/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 20h40.

Assunção - Sindicalistas e camponeses paralisaram o centro de Assunção nesta quarta-feira como parte de uma greve contra as políticas econômicas do presidente Horacio Cartes, um protesto que obriga o líder conservador a buscar uma aproximação com esses setores críticos à sua gestão para poder continuar governando com tranquilidade.

A greve coincidiu com uma marcha organizada por agricultores todos os anos há duas décadas na capital paraguaia, o que aumentou a expectativa quanto ao total de manifestantes e possíveis confrontos com a polícia.

Mas o protesto transcorreu sem incidentes e terminou logo após o meio-dia, quando os sindicatos concordaram em participar de uma mesa-redonda convocada pelo governo para discutir suas demandas.

A greve foi convocada para protestar contra a política de Cartes, com exigências que variam de um reajuste de 25 por cento no salário mínimo - bem maior do que o aprovado recentemente, de 10 por cento - ao fim das pulverizações em plantações de soja, principal produto de exportação do país.

"Este governo está excluindo as pessoas mais pobres, que não têm oportunidades. Estamos levantando a voz contra um governo que nos deixa fora do sistema de educação e saúde e dos serviços públicos", disse à Reuters o estudante Israel Pedrozo, que participou de um dos bloqueios de rua.

Milhares de camponeses saíram às ruas em Assunção enquanto representantes de sindicatos e organizações sociais se reuniam em várias partes da cidade para interromper esporadicamente o tráfego, sob forte aparato policial.

A maioria das lojas e escolas do centro permaneceu fechada, o transporte público praticamente deixou de funcionar e os hospitais só atendiam emergências.

Os manifestantes, cerca de 7.000 segundo o governo, se reuniram nas praças em frente à sede do Congresso, com frases exigindo uma reforma agrária e a melhoria dos serviços estatais e dos organismos encarregados da Justiça.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaParaguaiPolíticaPolítica no BrasilProtestosProtestos no mundo

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame