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Sigourney Weaver lidera protesto contra Belo Monte

Manifestação levou dezenas de ativistas para frente da sede em Manhattan da Missão do Brasil nas Nações Unidas

Atriz instou o presidente Lula a apostar em "um modelo energético do século XXI" (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Nova York - A atriz Sigourney Weaver liderou hoje um protesto em Nova York contra a construção da hidroelétrica Belo Monte na Amazônia e pediu ao Governo brasileiro que seja um "líder" em matéria ambiental.

A manifestação levou dezenas de ativistas e delegados que participam do Fórum Permanente para Assuntos Indígenas das Nações Unidas para frente da sede em Manhattan da Missão do Brasil nas Nações Unidas, no qual o projeto da represa foi um dos protagonistas.

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"O Brasil foi pioneiro nos biocombustíveis e tem a maravilhosa oportunidade de ser também um líder nesta encruzilhada na qual se encontram muitos países", assegurou Weaver, que há duas semanas acompanhou o diretor de cinema James Cameron a região da Amazônia que deve ser afetada pelo projeto.

A protagonista de "Alien - O Oitavo Passageiro" (1979) instou o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a apostar em "um modelo energético do século XXI", no lugar de um projeto "com tantas consequências negativas".

Segundo seus críticos, a construção da hidroelétrica de Belo Monte provocará um dano meio ambiental irreparável e obrigará o deslocamento de 50 mil indígenas e camponeses do estado do Pará, onde está prevista sua construção sobre o curso do rio Xingu.

Para Weaver, as autoridades brasileiras deveriam se "concentrar nas energias renováveis e no consumo eficiente de energia".

"Aqui estamos nos desfazendo das represas, que foram um pesadelo para o meio ambiente e não produziram a energia que se supunha", assegurou a atriz americana. "Acho sinceramente que o Brasil pode ser um líder no meio ambiente e que não tem por que seguir nossos passos e cometer nossos erros", insistiu.

Em sua viagem no começo desse mês ao Brasil, a atriz esteve acompanhada além de Cameron, o diretor de "Avatar", e de outro protagonista do filme, Joel David Moore.

A oposição pública à represa de Belo Monte, junto aos paralelismos entre o argumento de "Avatar" e as ameaças que afrontam os povos indígenas transformaram estas estrelas de Hollywood nos rostos mais visíveis da oposição internacional aos planos do Governo.

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