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Sharon é enterrado com honras militares em sua fazenda

Ariel Sharon foi enterrado nesta segunda em sua fazenda do deserto meridional do Neguev, em Israel


	Casal olha para o túmulo de Lili, mulher de Ariel Sharon: corpo de Sharon foi sepultado segundo o rito judeu junto ao de sua esposa
 (Uriel Sinai/Getty Images)

Casal olha para o túmulo de Lili, mulher de Ariel Sharon: corpo de Sharon foi sepultado segundo o rito judeu junto ao de sua esposa (Uriel Sinai/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 12h03.

Jerusalém - Ariel Sharon foi enterrado nesta segunda-feira em sua fazenda do deserto meridional do Neguev em cerimônia militar na qual participaram representantes do Exército e a classe política, dignatários estrangeiros, amigos e familiares.

O sepultamento foi liderado pelo chefe do Estado-Maior, Beny Gantz, que ressaltou o papel desempenhado pelo ex-primeiro-ministro israelense, falecido no sábado aos 85 anos, no campo militar.

"Arik (nome com o qual era conhecido popularmente Sharon), o comandante. Os títulos que te deram ao longo dos anos foram muitos, mas acho que o de "comandante" é o que melhor te descreve", ressaltou Gantz antes de afirmar que o Exército israelense continuará seu legado durante muitos anos.

O corpo de Sharon foi sepultado segundo o rito judeu junto ao de sua esposa Lili, falecida em 2000, na denominada Colina das Anêmonas, uma parcela divisória da fazenda-rancho dos Sicomoros, que era propriedade do líder israelense.

Seus dois filhos, Omri e Gilad, pronunciaram discursos nos quais ressaltaram a admiração que tinham do pai.

Seu filho Gilad lembrou o trágico impacto que deixou em seu progenitor a perda de seu primogênito, Gur, fruto de seu primeiro casamento, por causa de um acidente com arma em 1977.

Gilad também mencionou as campanhas militares impulsionadas por seu pai e projetos para abrigar milhares de judeus emigrados a Israel das ex-repúblicas soviéticas.


"Várias vezes transformaste o impossível na realidade", afirmou.

O caixão, coberto com a bandeira de Israel, foi levado por oito generais do Exército israelense que o tiraram do veículo militar no qual foi trasladado desde Jerusalém, onde aconteceu o funeral de estado ao qual acudiram dignatários de mais de 20 países.

Membros do Rabinato Militar oficiaram o enterro e recitaram passagens de salmos e a oração fúnebre dos judeus ashkenazis conhecida como "El male rachamim".

Dirigentes políticos, militares, de segurança e organizações judaicas, assim como dignatários estrangeiros, colocaram oferendas florais em uma instalação memorial especialmente disposta para a ocasião.

Além disso, membros de um corpo de infantaria do Exército efetuaram várias salvas ao ar em honra do morto.

O expresso desejo de Sharon foi ser enterrado em seu sítio em lugar do Monte Herzel de Jerusalém, onde estão os pais fundadores do estado, dignatários e altos comandantes militares.

O local onde aconteceu o ato oficial abrigou hoje a cerca de 800 convidados, apesar de milhares de cidadãos seguirem o enterro graças aos telões instalados junto à fazenda, pois a família quis que o enterro fosse aberto ao público.

Sharon faleceu no sábado aos 85 anos após permanecer mais de oito anos em estado vegetativo depois que em 2006 sofreu um derrame cerebral em massa que o afastou prematuramente da chefia do Governo israelense.

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