Mundo

Seul pode retirar trabalhadores de parque industrial

Há dois dias a Coreia do Norte impede a entrada de gerentes e de suprimentos no complexo industrial de Kaesong, que na fronteira entre os dois países

Soldado sul-coreano patrulha cerca próximo à zona desmilitarizada que separa as duas Coreias em Paju, ao norte de Seul (REUTERS / Kim Hong-Ji)

Soldado sul-coreano patrulha cerca próximo à zona desmilitarizada que separa as duas Coreias em Paju, ao norte de Seul (REUTERS / Kim Hong-Ji)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 10h24.

Seul - A Coreia do Sul está preparada para retirar centenas de seus cidadãos que trabalham no parque industrial, localizado em território norte-coreano, embora Seul não veja necessidade de tomar a medida no momento, informou nesta sexta-feira o ministro sul-coreano para Reunificação, Ryoo Kihl-jae.

Há dois dias a Coreia do Norte impede a entrada de gerentes e de suprimentos no complexo industrial de Kaesong, que fica a 9,6 quilômetros ao norte, na fronteira entre os dois países. O parque industrial é visto como um símbolo da cooperação entre as duas Coreias.

A medida deixa ainda mais tensas as relações entre os vizinhos, na medida em que Pyongyang continua a protestar contra os exercícios militares realizados na região por Estados Unidos e Coreia do Sul e contra o apoio às sanções impostas à Coreia do Norte pelo teste nuclear realizado em 12 de fevereiro.

O bloqueio elevou os temores sobre a segurança das centenas de trabalhadores sul-coreanos que ainda permanecem nas empresas, mas até agora Pyongyang não impediu a saída desses funcionários.

"Se a situação exigir, estamos prontos para retirar os trabalhadores para um local seguro", declarou Ryoo aos jornalistas. "No que diz respeito à segurança dos funcionários, avaliamos que a situação não é muito perigosa, então podemos dizer que ainda não estamos considerando a hipótese de retirá-los de lá neste momento", afirmou.

Ryoo disse que o bloqueio é muito mais sério do que a proibição imposta durante três dias em 2009, também em protesto contra os exercícios militares conjuntos de Seul e Washington.

"Um incidente semelhante ocorreu em 2009, mas a diferença é que o bloqueio (atual) ocorre depois de um teste nuclear norte-coreano e a anulação do acordo de armistício (da Guerra da Coreia) em 11 de março", disse ele. "Além disso, há a ameaça contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos, então, há uma grande diferença." As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteCoreia do SulIndústriaIndústrias em geral

Mais de Mundo

Trump considera declarar emergência econômica nacional para impor programa de tarifas, diz CNN

Advogados negam fuga do presidente destituído da Coreia do Sul

Soberania do canal 'não é negociável', responde Panamá a Trump

Corpo do ex-presidente americano Jimmy Carter chega a Washington