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Setor siderúrgico quer que China reduza produção

Grandes companhias temem que haja superoferta

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O setor de siderurgia está preocupado com as crescentes produção e exportação da China - o maior produtor e consumidor mundial de aço. De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, grandes companhias estão pedindo que os chineses contenham o ritmo em sua indústria.

Ainda que o cenário no curto prazo seja de forte demanda, o setor teme que o fluxo de produtos chineses esteja acelerado demais. "É bem possível que no futuro próximo tenhamos de enfrentar um sério problema de superprodução", diz Paolo Rocca, presidente do conglomerado Techint Group e um dos participantes do encontro anual do Instituto Internacional do Aço e do Ferro (IISI, na sigla em inglês).

O IISI declarou esperar que o embarque de aço a clientes de todo o mundo cresça 9% neste ano, para 1,12 bilhão de toneladas métricas. No ano passado, o volume ficou em 1,03 bilhão de toneladas métricas. Para 2007, a previsão é de que o total cresça apenas 5% em relação a 2006.

Em algumas regiões, como China, Índia, países da antiga União Soviética, América do Sul e Oriente Médio, o uso do aço deve ter uma leve alta daqui para a frente, segundo o IISI. Mas em regiões mais desenvolvidas - América do Norte, Europa Ocidental, Austrália e Japão -, o crescimento será menor, e pode haver até mesmo queda na demanda.

Rebatendo as acusações, os chineses dizem não ver problemas na produção e na demanda da China. "Um leve desequilíbrio sempre existe no mercado", diz Zhang Shengsheng, vice-diretor-geral de pesquisa e engenharia do Laiwu Steel Group. A defesa é reforçada por Lakshmi Mittal, bilionário sediado em Londres cuja família controla a Mittal Steel Co. - ele diz não acreditar que a China pode representar uma ameaça de superoferta, já que não possui abundância de matéria-prima ou energia barata. "Todos os fatores indicam que os chineses não podem ser exportadores de longo prazo", afirmou.

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