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Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2010 às 15h50.
Nova York - O crescimento do setor manufatureiro norte-americano desacelerou em julho para o ritmo mais fraco deste ano, enquanto as novas encomendas e a produção perderam força.
Mesmo assim, a leitura do índice superou a expectativa de muitos analistas e ajudava a animar as bolsas de valores dos Estados Unidos, ressaltando a visão de que o setor permanece entre os mais firmes da economia do país.
O Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira que seu índice de atividade industrial nacional caiu para 55,5 em julho, ante 56,2 em junho, no terceiro mês seguido de queda.
A mediana das previsões de 74 economistas consultados pela Reuters apontava desaquecimento a 54,2. Leituras acima de 50 indicam expansão.
O componente de novas encomendas caiu para 53,5 em julho, frente a 58,5 em junho, no menor patamar desde junho de 2009. Enquanto isso, o de produção cedeu para 57,0, ante 61,4.
"Muito embora o declínio do número geral tenha sido menor que o esperado, o conjunto mostra fraqueza, principalmente nas novas encomendas, o que é uma má notícia", disse Pierre Ellis, economista sênior da Decision Economics, em Nova York.
O setor manufatureiro tem liderado a recuperação, que começou no segundo semestre de 2009. Mas dados econômicos nos últimos meses têm indicado que o ritmo da recuperação está desacelerando.
"O dado do ISM confirma mais desaquecimento no setor manufatureiro, embora a taxa de expansão permaneça relativamente robusta. O número do ISM de julho (55,5) está historicamente associado ao crescimento do PIB de 4,5 por cento", afirmaram analistas do RBS em relatório.
Já o componente de emprego no relatório do ISM subiu, num sinal positivo antes dos dados mensais sobre o mercado de trabalho que serão conhecidos na sexta-feira.
Outro relatório mostrou que o gasto com construção nos EUA avançou 0,1 por cento em junho. O aumento do investimento em projetos públicos ofuscou o décimo quinto mês seguido de declínio na construção privada não-residencial.
Devido às preocupações com as perspectivas para a economia, muitos estrategistas acreditam que o Federal Reserve vai manter a taxa básica de juros próxima de zero até o segundo semestre do próximo ano.